quarta-feira, 29 de abril de 2009

BRASIL SAI NA FRENTE APÓS CRISE MUNDIAL


“Quando a atual crise mundial terminar, o que se espera para o final de 2010, o Brasil será um dos primeiros países a sair na frente em termos de crescimento econômico, ao lado de outros emergentes, como China e Índia”. A afirmação foi feita pelo diretor de Pesquisas e Análises Macroeconômicas do Bradesco, Octávio de Barros, em palestra realizada em Belo Horizonte, nesta quarta-feira (29/abril/2009), para os associados da Apimec/MG - Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais.
Segundo Octávio de Barros, que também já atuou como assessor econômico no Ministério da Fazenda e no Banco Central do Brasil, a expectativa é que o PIB do mundo desenvolvido fique negativo em 3,4% em 2009, enquanto o dos países emergentes crescerá 1,74%. Para o próximo ano, o PIB dos países desenvolvidos crescerá 0,88% enquanto as “novas locomotivas”, como ele chama os emergentes, crescerão 3,10%. “O cenário para daqui a seis anos é de que o produto interno bruto do conjunto dos países emergentes ultrapasse o das nações desenvolvidas”, afirmou.

Nova globalização
O diretor do Bradesco não concorda quando se fala que o mundo está vivendo uma “desglobalização” econômica. Para ele, o que ocorre é uma nova forma de organização do capitalismo global, em que a obsessão por resultados financeiros a qualquer custo está sendo substituída por uma melhor gestão de riscos, com os resultados operacionais sendo buscados com base na governança corporativa. “Isso significa levar igualmente em consideração questões como transparência, cuidados ambientais, parcerias e reciprocidade entre partes, sejam elas países ou empresas”.
Octávio de Barros afirmou que o fato da atual crise econômica ter sido desencadeada a partir dos Estados Unidos, não significa que esse país deixará de ter enorme peso na economia mundial ou que o dólar se enfraquecerá a ponto de ser substituído por outra moeda nas transações internacionais. “É verdade que a riqueza das famílias americanas foi muito reduzida. Mas os ajustes necessários à retomada do desenvolvimento estão sendo feitos pelo governo dos EUA e parece que surtirão efeito. Acho até que o Prêmio Nobel da Paz será concedido ao presidente Barack Obama, não pelos motivos normais, mas por motivos fiscais, já que ele pretende reduzir os enormes gastos com a máquina bélica dos americanos”, brincou.
Barros acentuou que o Brasil está sendo percebido hoje no mundo como uma economia estável e institucionalmente madura. Para ele, nosso país vai sair mais rápido da atual crise e vários indicadores já mostram isso, como o aumento da renda interna em termos reais e do investimento estrangeiro na nossa economia, que, somente nos últimos 12 meses, chegou a 70 bilhões de dólares. Disse ainda que até a Moody’s, agência internacional de avaliação de riscos, normalmente cética em relação à economia brasileira, enviará uma missão ao país e já admite elevá-lo ao nível de “investment grade”, um sinal verde para os investidores estrangeiros.

terça-feira, 14 de abril de 2009

BB: Crescimento supera setor bancário


O Banco do Brasil, em 2008, superou a média do setor bancário em cerca de 10%, aumentando sua participação no market share nacional. No total, foram R$224,8 bilhões emprestados num cenário de redução da taxa de juros e contração do spread, compensados pela alavancagem dos negócios, segundo o gerente de Relação com Investidores, Marco Geovanne Tobias da Silva.
Essas informações foram transmitidas aos associados da Apimec-MG e convidados na reunião do dia 6 de abril passado, presidida pelo presidente da Associação, José Domingos Vieira Furtado, com a participação do gerente da divisão de Controladoria, Marvio Freitas e do gerente da Superintendência Regional, Euber Wandaik.

EXPANSÃO
Segundo o gerente de RI, a forte expansão do crédito no exercício passado impulsionou as receitas com operações de crédito a pessoas físicas, pessoas jurídicas, agronegócios, empréstimos no exterior e outras receitas financeiras. Mas os destaques foram os negócios com pessoas físicas, em especial os empréstimos consignados e o financiamento a veículos, através do Banco Votorantim. O agronegócio continuou um segmento estratégico para o banco pelo volume financeiro e por ser uma contribuição da instituição para a segurança alimentar dos brasileiros.
Ele disse ainda que as captações aumentaram em todas as linhas, alcançando R$362,6 bilhões no ano passado, principalmente nos depósitos a prazo (R$149,8 bilhões), sendo relevante o “vôo de qualidade” empreendido pelo Banco do Brasil através da atração de grandes investidores. Foram R$91,4 bilhões relativos aos depósitos em mercado aberto, R$55 bilhões em depósitos à vista, R$52 bilhões em cadernetas de poupança e R$14,3 bilhões referentes a outras linhas.
Foi destacado ainda que, graças ao aumento da qualidade do controle de crédito, os índices de inadimplências foram menores que os do sistema financeiro nacional, incluindo o agronegócio. No caso de pessoas físicas, enquanto o conjunto dos outros bancos teve inadimplências de 8,1%, o BB ficou em 5,9%. Já o percentual dos bancos em geral ficou em 3,7% e o Banco do Brasil em 1,8%.

PORTFÓLIO
Segundo Geovanne, a diversidade do portfólio do banco e sua ampla base de clientes garantiram o crescimento das receitas não financeiras, com ênfase em negócios não bancários como cartões de crédito e seguros. Apesar de ser menos agressivo que a concorrência nos custos dos serviços, do ponto de vista operacional o Banco do Brasil aproximou sua eficiência dos padrões do setor privado, com contínuos ganhos de produtividade na relação entre volume de ativos e número de funcionários.
Outro fato destacado foi a preocupação do BB com a sustentabilidade dos seus negócios, o que inclui aspectos como a ecoeficiência, com a redução do consumo de papel e água e consumo de toner. O diretor do Banco ainda ressaltou que a instituição tem aumentado o número de horas no treinamento de pessoal, reduzido a rotatividade do seu quadro de funcionários, além de aumentar o crédito para empreendimentos florestais e para a produção orgânica de alimentos.
“Tudo isso se refletiu na geração de maior valor para os acionistas do Banco do Brasil em 2008. O banco olha para o futuro buscando novas oportunidades e a melhor rentabilidade dos seus negócios. Num horizonte de cinco anos, pretende aumentar sua participação no segmento de empréstimos consignados e financiamento de veículos, liderar em operações de desembolsos do BNDES, reforçar sua atuação no mercado de capitais e ampliar sua participação junto aos segmentos de cooperativas de crédito, micro e pequenas empresas. Além disso, em 2009 são esperados resultados em linha com o ano passado, sem crescimento, e um substancial crescimento dos financiamentos imobiliários que tem o objetivo de fidelizar o mutuário”, afirmou Marco Geovanne.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Eletrobrás quer ser mega empresa


Aperfeiçoar a governança corporativa, reorientar negócios na área de distribuição, reformular institucionalmente a holding e reorganizar seu modelo de gestão empresarial. Esses são os principais itens em que se baseia o plano de transformação e fortalecimento da Eletrobrás para se tornar “uma mega empresa, com respeitabilidade internacional, como a Petrobrás”, conforme meta traçada pelo presidente Lula, no início deste ano.
A síntese dos resultados da empresa em 2008 e do seu planejamento estratégico foram apresentados aos associados da Apimec-MG dia 3 de abril passado pelo diretor financeiro das empresas de distribuição, Pedro Hosken, pelo gerente de relações com investidores, Arlindo Castanheira, e pelo gerente de Contabilidade, João Amanto Torres. O evento foi presidido pelo vice-presidente da Associação, Antônio Carlos Vélez Braga.

INVESTIMENTOS
Segundo os dirigentes da Eletrobrás, serão intensificados os investimentos em desenvolvimento de recursos humanos, na agregação de mais valor à marca da empresa e na transparência das suas atividades, com vistas à presença nos pregões das bolsas de Nova York e Madrid. Outro objetivo é elevar para o nível 2 sua participação na Bovespa e participar do Sustainability Index da Dow Jones.
Através do programa de ações estratégicas, a Eletrobrás pretende investir R$7,2 bilhões em 2009 nas áreas de transmissão, distribuição e geração, cabendo a esta a maior parte dos aportes. Em 2010 o valor será elevado para R$8 bilhões, decrescendo para R$6 bilhões em 2011 e R$4,6 bilhões em 2012. As atividades em parcerias nas áreas de geração e transmissão exigirão investimentos totais de R$4,2 bilhões no período 2009-2012.
Outra ação refere-se a estudos de viabilidade para investimentos internacionais em geração até 18 mil MW e em linhas de transmissão, em torno de 11 mil quilômetros, em países vizinhos ao Brasil, de forma a aumentar a disponibilidade no sistema elétrico brasileiro e promover integração com outros sistemas da América Latina. Estão também previstos estudos para aproveitamento hidrelétrico em Angola e na Namíbia, na África.
Segundo os representantes da Eletrobrás, um grande esforço gerencial será feito para atuação integrada das empresas do grupo, visando maiores ganhos em termos de competitividade, especialmente em leilões de energia elétrica. Hoje, a capacidade instalada de geração chega a 39.402 MW, somando Furnas, Chesf, Eletronorte, Itaipu, Eletronuclear e CGTEE, representando 38% do total no Brasil. Já as linhas de transmissão alcançam 59.765km ou 56% do total no país.
Com respeito aos resultados financeiros de 2008, o patrimônio líquido do grupo fechou em R$85,6 bilhões, e encerrou o exercício com um lucro líquido de R$6,1 bilhões, com a área de geração gerando receitas de R$27,1 bilhões e a transmissão de R$4,3 bilhões. Já a área de distribuição, com ativos da ordem de R$6,1 bilhões e patrimônio líquido de R$665 milhões, produziu receitas de R$2,9 bilhões, realizando um lucro de R$53 milhões, após vários anos no vermelho. Aos acionistas do grupo foram pagos dividendos no valor total de R$1,7 bilhão.
O diretor Pedro Hosken, comentando sobre a área de distribuição, disse que a busca do equilíbrio financeiro teve resultados promissores em 2008, e que o potencial de melhoria da eficiência e da produtividade é ainda bastante significativo, em vista da forte aposta que a Eletrobrás está fazendo em termos de profissionalização de gestão, melhoria contínua de processos e uso das melhores práticas de governança corporativa.

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Cemig: estratégia eficaz garantiu lucro em 2008


“O lucro de 2008 foi obtido graças a uma estratégia eficaz que resultou em solidez financeira no exercício, tendo a perspectiva de expansão dos negócios no médio e longo prazo”. A afirmação foi feita pelo diretor de Finanças e Relações com Investidores da Cemig, Luiz Fernando Rolla, durante apresentação para os associados da Apimec-MG e convidados realizada dia 30 de março passado.
Segundo Rolla, foi registrado aumento do lucro líquido em 8,3% com relação a 2007, chegando a R$1,9 bilhão (Lajida de R$4,1 bilhões). Isso resultou da composição equilibrada do portfólio da empresa, graças a um crescimento consistente das áreas de geração e transmissão, do desempenho do mercado da Cemig Distribuição e do incremento das participações em outros negócios, que contribuíram com 20% no aumento da receita líquida.

Desempenho
De acordo com as informações divulgadas, o patrimônio líquido da empresa cresceu 11% e suas reservas aumentaram para R$944 milhões, devendo ser utilizado para novas aquisições patrimoniais. Na proposta para destinação do lucro está a distribuição de dividendos a R$1,90 por ação. A Cemig deverá aumentar seu capital social em R$620 milhões, oferecendo 25% de bonificação aos seus acionistas.
O programa de investimentos ano passado chegou a mais de R$1,3 bilhão. Para 2009, estão previstos mais R$970 milhões, mantendo-se uma média de quase R$700 milhões até 2012, contemplando a necessidade de funcionamento das empresas de distribuição, geração, transmissão e da holding. Dependendo ainda da aprovação da ANEEL, para 2009, está previsto aumento da participação na TBE no valor de R$494 milhões e aquisição de 49% em três plantas eólicas, no valor de R$213 milhões.
A Cemig é uma das três empresas brasileiras e a única do setor elétrico da América Latina selecionada para o índice The Global Dow, e também é posicionada pela Moodys no nível investment grade. Segundo o diretor Luiz Rolla, a empresa procura manter altos padrões de governança corporativa, que se estendem às parcerias estratégicas, preocupando-se também com a qualidade dos seus ativos e com a redução de riscos.
Ele afirmou ainda que o perfil alongado da dívida, com prazo médio de 4,3 anos, sem pressões no fluxo de caixa, e a pequena exposição em moeda estrangeira (7%), contribuiram de forma importante para a robusta situação financeira da Companhia, que encerrou 2008 com uma posição de caixa de R$2,3 bilhões.
A Cemig contava, no final de 2008, com 149 consumidores livres e 83 contratos com distribuidoras e comercializadoras de energia elétrica, sendo a maior vendedora no mercado livre. Nas áreas de distribuição, geração, transmissão e distribuição de gás, a empresa encerrou o exercício presente em 14 estados brasileiros, com maior concentração das atividades em Minas Gerais.
A subsidiária Gasmig prevê investimentos da ordem de R$789 milhões nos próximos dois anos. Os gasodutos serão ampliados em cerca 500km até 2013, principalmente para atender aos parques industriais do Sul de Minas e Vale do Aço, destinando o fornecimento de gás também para geração térmica de energia elétrica.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Prioridade da Cedro é preservar caixa


A preservação do caixa, com o fluxo financeiro sendo monitorado em tempo real, é a principal estratégia que a Cia. Fiação e Tecidos Cedro e Cachoeira está adotando para amenizar os impactos da crise econômica em seu desempenho. A afirmação foi do presidente Aguinaldo Diniz Filho na reunião de apresentação dos resultados da empresa em 2008 para associados da Apimec-MG e analistas do mercado de capitais de todo o País, dia 26 de março passado.
Estiveram também presentes o diretor financeiro da Cedro, Fábio Mascarenhas, a presidente do Comitê do Acordo de Acionistas, Amélia Gonzaga, e o presidente da Apimec-MG, José Domingos Vieira Furtado. Foi mostrada uma panorâmica do setor têxtil brasileiro, que destina 92% da sua produção ao mercado interno e é responsável por 1,7 milhão de empregos diretos e 6,6 milhões de oportunidades indiretas de trabalho. Mas, no ano passado, foram mais de US$2 bilhões em prejuízos, resultando em cerca de 29 mil demissões.
O presidente da Cedro adiantou que, entre as ações planejadas pelo setor têxtil para amenizar suas atuais dificuldades, está entrar no mercado americano através de convênio dos governos do Brasil e do Haiti, país que tem acordo preferencial de comércio com os EUA. Dessa forma, pretende-se reduzir as elevadas alíquotas tarifárias existentes atualmente.
Outra frente de atuação está na OMC, onde já foi ganha ação contra os subsídios americanos à indústria local, com direito a retaliação da ordem de US$4 bilhões. Em vez de agir dessa forma, o governo brasileiro pretende exportar tecidos para aquele país com impostos reduzidos. A Argentina é outro mercado que está merecendo atenção brasileira, em vista das práticas protecionistas que adota.
Falando sobre os bons resultados da Cedro no ano passado, o diretor financeiro Fábio Mascarenhas destacou que contribuiu muito para isso o acerto das previsões sobre as tendências do mercado, resultando no aumento das margens bruta e líquida. Outro fator ressaltado foi a redução do endividamento, tendo a empresa fechado 2008 com um lucro líquido de R$404,2 milhões, um aumento de 14,7% com relação ao ano anterior. Com relação ao lucro bruto, houve um crescimento da ordem de 74%, tendo o Ebtida possibilitado uma geração de caixa quase 178,5% maior.
Dentre as expectativas para 2009, está uma redução importante da demanda, disse Mascarenhas, que projeta resultados financeiros abaixo do esperado inicialmente, devendo a empresa, mesmo com cautela, recorrer a capitais de terceiros, com elevação dos custos de financiamento e redução de crédito. Para fazer frente ao cenário negativo, dentre outras atitudes, a Cedro vai concentrar seus esforços na adequação do ritmo de produção à demanda dos clientes e no investimento em produtividade, com aquisição de equipamentos mais eficientes, além da redução dos custos fixos em 18%.
A íntegra da apresentação dos resultados da Cedro em 2008 pode ser obtida na Apimec-MG, pelo telefone (31) 3213-0693.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

APIMEC-MG DIVULGA MERCADO DE CAPITAIS


Com o objetivo de divulgar o trabalho da Apimec-MG e difundir o mercado de capitais junto aos alunos e professores das universidades, o vice-presidente Antônio Carlos Velez Braga proferiu palestra na Pucminas para cerca de 200 participantes dos cursos de Administração, Economia e Contábeis, abordando o tema “Alcançando a Independência Financeira com o Mercado de Ações".
Entre os assuntos abordados pelo dirigente da Apimec-MG estavam a importância de poupar e investir na formação do patrimônio pessoal, funcionamento do mercado de capitais, diferença e metodologias de investimento de longo prazo e oportunidades de curto prazo (especulação), a lógica de investimento em ações. Foram mostrados exemplos de análise fundamentalista, além do Índice Apimec-MG, que retrata o perfil das empresas de capital aberto que realizam apresentações para os associados da entidade.
Velez ainda mostrou as principais características dos investimentos em renda fixa e em renda variável, aprofundando mais as informações sobre esse último tipo de aplicação financeira. Disse que os objetivos de um investidor pode ser de especular ou ser acionista de empresas, variando as perspectivas de retorno, que pode ser de curto ou longo prazo, dependendo se a intenção é gerar retorno mais imediato ou acumular patrimônio. “Para cada um desses movimentos são recomendadas análises diferentes (técnica ou fundamentalista), mas a receita do sucesso é uma só: disciplina rigorosa e nervos de aço”, afirmou.
O diretor da Apimec-MG ainda mostrou, através de gráficos e quadros analíticos, critérios que devem ser observados na compra de ações e focou o exemplo de Benjamim Grahan, considerado um investidor inteligente porque se preocupava muito com os aspectos psicológicos do mercado de ações. Ele foi professor de um dos mais bem sucedidos financistas mundiais, o americano Warren Buffet.
Ao final, Velez mostrou aos participantes da sua palestra os diversos instrumentais que a Apimec-MG disponibiliza no site www.apimecmg.com.br , como planilhas para planejamento mensal e anual de finanças, o plano “Meu Primeiro Milhão”, além de artigos e conteúdos diversos sobre investimentos, economia, stockguide, recomendações de livros e informações sobre cursos e eventos.