quarta-feira, 31 de março de 2010

Petrobrás mostra solidez


Apesar da volatilidade dos preços internacionais de petróleo em 2009, a Petrobrás apresentou resultados sólidos no período, segundo afirmou a gerente de Relações com Investidores da empresa, Bianca Nasser, em apresentação aos associados da Apimec MG no final de março. Ela ressaltou a implantação de cinco novas unidades de produção, com aumento de 6% na produção nacional de óleo, o equivalente a 375 mil barris/dia.
Outros destaques foram o início da produção nos campos do pré-sal localizados na região de Santos e o aumento de 6% na produção de diesel ,com redução nas importações em seis milhões de barris e o início da distribuição do diesel S-50 , além da ampliação da malha de gasodutos. No ano passado, a Petrobrás captou R$74 bilhões para realizar investimentos e renovou sua participação no Dow Jones Sustainability Index, acrescentou a gerente de RI.

RESERVAS
Segundo os dados apresentados, a Petrobrás há 17 anos vem recompondo as reservas petrolíferas brasileiras, principalmente através da exploração dos campos do pré-sal no estado do Espírito Santo, seguindo uma trajetória sustentada de crescimento que chegou a 5% no comparativo 2008-2009, tanto na produção total quanto na realizada em território brasileiro. O resultado foi a inversão do perfil da balança comercial da companhia, tendo a exportação líquida chegado a 156 mil barris/dia, o que representou um volume financeiro de 2,8 milhões de dólares.
De acordo com Bianca Nasser, a Petrobrás colocou em prática uma bem sucedida política de otimização de custos em 2009, através de novas licitações de serviços e equipamentos para refinaria e plataformas, renegociação de preços para equipamentos de unidades de produção, nova estratégia de contratação de novas sondas de perfuração e redução de gastos administrativos, representando uma economia de mais de R$ 8 bilhões.

FINANÇAS E INVESTIMENTOS
Do ponto de vista financeiro, apesar da queda das cotações internacionais do preço do óleo em 36%, o lucro líquido da companhia reduziu-se apenas 2%, tendo o impacto cambial sido determinante para esse resultado. O endividamento foi mantido dentro da meta, com melhoria do perfil, dos custos e a diversificação das fontes de empréstimos, o que manteve o nível de alavancagem na faixa ótima de 25 a 35%. O Ebtida teve crescimento de R$3 bilhões no comparativo com o exercício anterior.
O Plano de Negócios da Petrobrás para o período 2010-2014 prevê alocação de recursos da ordem de 200 a 220 bilhões de dólares, especialmente nos campos de produção do pré-sal mas abrangendo também o pós-sal. Outras destinações dos investimentos serão na ampliação e modernização do parque de refino, no desenvolvimento de projetos petroquímicos e fertilizantes, na construção de alcooldutos, expansão da malha de gasodutos e novos projetos de energia.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Neonergia sem previsão de IPO


“A Neoenergia ainda não tem planos de realizar um IPO, continuando a ter como fonte de funding os bancos públicos de fomento e organismos multilaterais, vindo em segundo lugar o mercado de capitais, através da oferta de debêntures". A afirmação foi feita pelo diretor Financeiro e de RI da empresa, Eric Breyer, respondendo pergunta de associado da Apimec MG na reunião para apresentação dos resultados de 2009, realizada no início de março, em Belo Horizonte.

Segundo ele, a empresa deve continuar com um crescimento apenas orgânico no segmento distribuição, onde está concentrada a maioria das suas operações. Isso mesmo que a Neoenergia esteja com rating AA+, com perspectiva positiva, com uma boa capacidade de endividamento e um caixa com cerca de R$3 bilhões. A maior parte dos investimentos continuará concentrada, principalmente, na área de geração e na participação em leilões de novos empreendimentos energéticos.

LUCRO
A empresa atua em oito estados brasileiros, tendo como principais controladas a Coelba (Bahia), Celpe (Pernambuco) e Cosern (Rio Grande do Norte), estados em que possui redes de distribuição, usinas termoelétricas e hidrelétricas e subestações de energia elétrica. Sua presença se estende aos estados de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, através de usinas e PCHs já em operação (investimentos de R$ 542 milhões em 2009) e novos empreendimentos, representando investimentos de cerca de R$1,5 bilhão até 2012.

Em 2009, a Neoenergia obteve um lucro líquido de R$1,5 bilhão, tendo o Ebtida alcançado R$2,6 bilhões. O destaque foi para o segmento geração, que obteve uma margem Ebtida de 4,4% em comparação com 2008, enquanto que na distribuição houve redução de 3,9%. A empresa, no total, teve sua margem reduzida em 3,4%. O resultado operacional líquido alcançou R$6,9 bilhões em 2009, contra R$6,2 bilhões no ano anterior.

O diretor Eric Breyer ressaltou as ações que a empresa vem executando na operação e capacitação de comunidades, adotadas para evitar e diminuir a perdas técnicas e não técnicas. “No ramo da energia, a perda é uma das principais variáveis que impacta na receita do negócio”, explicou. Acrescentou ainda que os investimentos socioambientais acumulados alcançaram R$211,6 milhões em 2009, com um crescimento de 122% a.a desde 2005.

Outro dado importante repassado aos associados da Apimec MG foi que os três primeiros lugares do Prêmio Abradee, em 2009, foram conquistados pelas empresas de distribuição do grupo Neonergia (Coelba, Cosern e Celpe), em reconhecimento à sua atuação na área de gestão econômico-financeira.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Tractebel: lucro recorde pela sexta vez



Pela sexta vez consecutiva, a Tractebel Energia (Grupo GDF Suez) apresentou lucro líquido anual recorde, acima de R$ 1,1 bilhão, com um crescimento de 1,7% em relação a 2008. A informação foi prestada pelo analista de RI da empresa Rafael Bosio, em apresentação realizada no início de março para os associados da Apimec MG.

A empresa, com sede em Florianópolis e que pertence ao grupo franco-belga GDF Suez, responde por cerca de 8% da produção total de energia elétrica no Brasil e é líder entre as geradoras privadas com 19 usinas hidrelétricas, termelétricas e eólicas nos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Piauí e Ceará. A capacidade instalada é de 6.432 MW e seus maiores clientes são as concessionárias de distribuição de energia e indústrias.


RESULTADOS

No 4T09, a receita operacional líquida da Tractebel registrou um avanço de 8,3% em comparação com a do mesmo trimestre de 2008, evoluindo de R$ 844,0 milhões para R$ 914,2 milhões. No exercício de 2009, a receita operacional líquida superou R$ 3,4 bilhões, 2,8% acima do registrado em 2008, resultado do aumento do preço médio de venda entre os exercícios e das vendas das empresas adquiridas ou que entraram em operação durante e após 2008.

O Ebtida no período alcançou R$ 609,1 milhões, superior em 14,9% se comparado com o do 4T08. Já a margem Ebitda no 4T09 foi de 66,6%, enquanto que no mesmo período do ano anterior foi de 62,8%. No exercício de 2009, o EBITDA foi de R$ 2,1 bilhões, ligeiramente superior ao registrado ao de 2008, enquanto a margem Ebtida em 2009 alcançou 62,3%, e a de 2008 foi de 64,0%. O lucro líquido, no último trimestre de 2009, alcançou R$ 351,5 milhões, 27,5% superior ao do mesmo trimestre do ano anterior, que foi de R$ 275,6 milhões.

Complementando as informações, Rafael Bosio afirmou que a Tractebel tem grande preocupação em diversificar sua carteira de clientes livres e com o rigor na análise de crédito, o que vem resultando em um nível zero de inadimplência. Como estratégia, a comercialização de disponibilidade futura da energia gerada tem sido feita gradativamente, visando obter as melhores margens possíveis. Outro destaque é que o crescimento da oferta de energia tem sido feita através de projetos de geração de baixíssimo risco de construção.