domingo, 29 de agosto de 2010

Eletrobrás mostra seus números do 2T10

A Eletrobrás divulgou aos associados da Apimec MG, no final de agosto, os seus resultados no segundo trimestre de 2010, mostrando uma receita líquida de R$7,7 bilhões. O Ebtida registrou R$2,0 bilhões (margem de 35%), superando os números do 1T10 e do 2T09 em 39,1% e 228,6%, respectivamente. As empresas de distribuição registraram um Ebtida negativo de R$131 milhões, em comparação a um ganho de R$39 milhões no trimestre anterior.

As informações foram prestadas pelo diretor Financeiro e de RI, Armando Araújo e o gerente de RI, Arlindo Castanheira, acrescentando que o lucro líquido pontuou R$ 1,0 bilhão no 2T10, registrando as seguintes variações por subsidiária, na comparação 2010/2009: Furnas 49,8%, Chesf 36,5%, Eletronorte (173,9%), Eletrosul (9,1%), Eletronuclear (100,4%) e CGTEE (8,6%).

RESULTADO CONSOLIDADO
De acordo com os representantes da Eletrobrás, a receita operacional líquida passou de R$5,6 bilhões no 2T09 para R$7,6 bilhões no final do segundo trimestre de 2010, enquanto as despesas operacionais líquidas passaram de (R$5,6 bilhões) para (6,2 bilhões) nessa mesma comparação.

A companhia tem uma capacidade instalada de 39.493 MW, o que representa 36% da geração de energia elétrica no Brasil. O patrimônio líquido da Eletrobrás, somando os das suas sete geradoras e seis distribuidoras, alcança R$78 bilhões. São 59.802 quilômetros de linhas de transmissão, equivalentes a 56% do total do país (iguais ou equivalentes a 230KV).

Três novos projetos de geração estão sendo desenvolvidos pela empresa: a termonuclear Angra III, com capacidade de 1.350 MW, a usina hidrelétrica de Belo Monte, com 11 mil MW e o complexo de Tapajós, com 10.682 MW de capacidade instalada. No total, diretamente e em parcerias, são R$30,4 milhões em investimentos na área de geração e R$10,1 milhões em linhas de transmissão.

Além desses dados, os dirigentes da companhia destacaram a estrutura patrimonial e de capital da empresa, informaram sobre a reformulação do Sistema Eletrobrás e sobre o planejamento estratégico em implantação.

Os bons números da Tractebel

Mostrando um forte desempenho operacional no segundo trimestre de 2010, a Tractebel manteve-se apresentando bons números nesse período, segundo informações passadas aos associados da Apimec MG pelo representante da área de Relações com Investidores da empresa, Rafael Bosio. A receita operacional bruta foi 15,6% superior na comparação com o mesmo período do ano passado, sustentada pelo maior volume de venda de energia, entrada em operação de novas usinas e melhor resultado no âmbito da CCEE.

A receita líquida totalizou R$ 964,2 milhões, 15,4% acima do registrado no segundo trimestre de 2009. O volume de vendas no 2T10 foi 13,3% superior, totalizando 3.934 MW médios, favorecido também pela retomada da atividade industrial no país. Já o preço médio de venda de energia se manteve praticamente estável no período, em razão dos menores preços praticados junto às comercializadoras nas vendas de curto prazo.
Líder no ranking das geradoras privadas, a Tractebel possui uma capacidade instalada de 6.469 MW e opera um parque gerador de 21 usinas com 7.543 MW, considerando a participação de outros sócios em três delas.

LUCRO
O lucro líquido de R$ 271,5 milhões no segundo trimestre de 2010, ficou 3,1% acima do registrado no 2T09, afetado negativamente pelo aumento de despesas no período. No acumulado do ano, o lucro atingiu R$ 520,2 milhões, 4,6% superior ao registrado nos seis primeiros meses de 2009. Já o Ebtida alcançou R$ 620,6 milhões no segundo trimestre deste ano, um crescimento de 17,8% frente ao mesmo período do ano passado, com margem de 64,4%, uma melhora de 1,3 p.p. ante o 2T09.

A rubrica de custos apresentou significativo aumento no período, com alta de 31,6% na
comparação com o ano anterior. No 2T10, a companhia obteve um ganho não recorrente referente a reversão de despesa de PIS/Cofins de contratos de longo prazo, favorecendo no crescimento de 17,8% do Ebtida.

Quanto aos proventos, a companhia anunciou a distribuição de R$ 286,1 milhões a título de dividendos, correspondente ao valor aproximado de R$ 0,44 por ação, com data para pagamento em 15 de outubro próximo. O pagamento de dividendos está alinhado com a iniciativa da companhia de distribuir 55% do seu lucro líquido.

A geradora investiu no segundo trimestre deste ano R$ 36,2 milhões, dos quais R$ 17,0milhões destinados aos projetos de manutenção e revitalização de suas usinas e R$ 19,2 milhões aplicados na construção de Areia Branca e de Ibitiúva, além das obras complementares da Usina Hidrelétrica São Salvador. Para todo o ano está previsto um investimento de R$ 2,2 bilhões.

Mercado promissor para a São Carlos

Presente pela primeira vez na Apimec MG, a São Carlos Empreendimentos e Participações S/A, empresa do setor de investimentos imobiliários, anunciou os seus resultados do segundo trimestre de 2010, destacando a sua estratégia de agregar valor ao portfólio atual com investimentos em terrenos que já são da companhia. A maioria dos projetos ainda está em fase inicial, mas a expectativa é de um bom potencial de retorno financeiro no médio e longo prazo.

As informações foram prestadas por Fabio Russo, diretor Financeiro e de RI e Marc Grossmann, gerente de Relações com Investidores, que manifestaram a crença de que o atual portfólio apresenta oportunidades interessantes, assim como o mercado focado pela empresa, que são os prédios de escritório classe A que precisam passar por um processo de modernização, principalmente no Rio e em São Paulo.


DISPONIBILIDADE DE CAIXA

De acordo com os números do 2T10 , a São Carlos apresentou um saldo de caixa de R$397 milhões ao final do período, (endividamento líquido de R$339 milhões). Segundo os representantes da empresa, esse caixa disponível, aliado à sua capacidade de alavancagem, permite continuar investindo na aquisição de novos imóveis no mercado e desenvolvendo projetos em áreas do portfólio existente, estimado em R$1,63 bilhão e correspondente a 36 imóveis comerciais (366.335 m2).

Na apresentação, foi destacado que as margens Ebtida e FFO apresentadas no segundo trimestre deste ano, de 87% e 46% respectivamente, figuram novamente nos mais altos níveis do setor de investimentos imobiliários. A receita bruta com locações aumentou cerca de 4% entre 2T09 e 2T10, sendo que os edifícios de escritório representaram 87% do faturamento total com locações no 2T10.

Segundo os dirigentes da São Carlos, a companhia apresentou receitas brutas com locação de R$ 38,7 milhões no 2T10, impactadas principalmente pela receita referente aos imóveis comprados e vendidos no período. Considerando apenas a mesma base de imóveis, ou seja, excluindo-se os imóveis comprados e vendidos, a receita bruta com locações aumentou 3,7% na comparação do 2T10 com o 2T09.

Ao final de junho de 2010 o portfólio de imóveis da São Carlos apresentava vacância física de 3,7% e vacância financeira de 3,4%1 (cerca de R$ 480 mil de receita bruta de locação por
mês), referente a áreas disponíveis para locação.

O lucro líquido da companhia atingiu R$ 55,9 mm no 2T10 (+54% com relação ao 2T09) ou R$ 0,97/ação, e atingiu R$ 75,1 milhões no final do primeiro semestre deste ano, representando uma variação positiva de 40% com relação a igual período de 2009 (R$ 1,31/ação). As transações de
venda de imóveis geraram lucro de R$ 19,9 milhões no 2T09 e primeiro semestre de 2009, e de R$ 38,4 milhões no 2T10 e R$ 44,1 milhões no primeiro semestre de 2010.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

PEDIDOS NA ROMI CRESCEM MAIS DE 80%


A carteira de pedidos das Indústrias Romi cresceu 81,3% no segundo trimestre de 201, comparado a igual período do ano passado, atingindo a R$ 208 milhões. Em relação ao 1T10 o crescimento foi de 31,5%. A informação foi do diretor de RI da empresa, Luiz Resolen, transmitida aos associados da Apimec MG em meados de agosto.

Segundo ele, o resultado decorre do forte crescimento do setor de bens de capital, o que resultou numa gradual e consistente recuperação dos negócios da Romi desde o segundo semestre de 2009. Contribuíram, também, a redução da taxa de juros para investimento em capital fixo pelo BNDES, a melhora do setor industrial e recomposição dos estoques na economia brasileira.

DESTAQUES

A receita operacional líquida foi outro destaque nos resultados das Indústrias Romi, atingindo a 167,6 milhões no 2T10, com crescimento de 61,1% em relação ao 2T09 e de 15,5% em relação ao 1T10, decorrente da sólida retomada da atividade industrial. Também em razão disso, a carteira de pedidos consistente, com montante de R$ 225,4 milhões no 2T10 mostrou crescimento de 7,7% em relação ao 1T10 e de 133,4% em relação ao 2T09.

O lucro líquido foi de R$ 15,2 milhões no 2T10, resultado melhor que o apresentado no 2T09 (0,5 milhão) e 44,1% maior que o apresentado no 1T10, de R$ 10,6 milhões. O resultado financeiro do 1S10 foi impactado pela variação cambial do caixa no exterior, já que a companhia remeteu US$ 92 milhões ao exterior para adquirir empresas, quando surgir oportunidade.

Já o Ebtida apontou o valor de R$ 23,7 milhões no 2T10, com margem de 14,1%,
crescimento de 27,7% sobre 1T10, evidenciando a capacidade de manutenção e
geração de caixa da companhia. Houve forte crescimento na receita de Máquinas para Plásticos, aumento de 86,2% em relação ao trimestre anterior, decorrente do crescimento da demanda por bens de consumo.

A Romi atingiu a marca de 150.000 máquinas produzidas em onze unidades fabris,
refletindo a capacidade produtiva da companhia em seus 80 anos de atuação. A capacidade instalada de produção de máquinas industriais é de 3.900 máquinas/ano e a de fundidos 50.000 toneladas/ano, com emprego de tecnologia de ponta. A empresa possui rede própria de distribuição, assistência técnica permanente, disponibilização de financiamento atrativo e em moeda local aos seus clientes e curto prazo de entrega dos seus produtos.

Ao final do 2T10, as ações ordinárias da companhia (ROMI3) estavam cotadas a R$ 11,23, com queda de 10,2% no trimestre, mas registrando alta de 27,6%, em relação ao final do 2T09.
O valor de mercado da Companhia, em 30 de junho de 2010, era de R$ 840 milhões. A partir do final de 2007, a adotar o padrão contábil IFRS nas suas demonstrações financeiras.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

BRASIL ECODIESEL: AUMENTO DE CAIXA E VENDAS EM QUEDA


Apresentando-se pela primeira aos associados da Apimec MG, a Brasil Ecodiesel anunciou seus resultados no segundo trimestre de 2010, quando a empresa obteve um aumento líquido de caixa de 36,3% com relação ao período anterior, chegando a R$65,9 milhões, com a receita líquida registrando R$107,9 milhões. No entanto, o mesmo não se repetiu com relação ao volume vendido de biodiesel, que foi de 47.128 m³, 23,9% menor quando comparado ao 1T10.

Os números da empresa foram apresentados pelo diretor Financeiro, Eduardo de Come, e pelo diretor de RI, Charles Mann de Toledo, destacando também que, no 2T10, o lucro líquido foi de R$ 2,5 milhões com Ebtida de R$ 9,4 milhões, o lucro líquido ajustado de R$ 3,8 milhões e o Ebtida ajustado de R$ 10,8 milhões. Já a margem Ebtida ficou em 8,7% e a margem Ebtida ajustado 9,8% .

PIONEIRISMO E LIDERANÇA

A Brasil Ecodiesel foi fundada em 2003 e participa do Novo Mercado da Bovespa, integrando os Índices Bovespa e IBrX-50. No segundo trimestre de 2010, as ações da ECOD3 apresentaram uma desvalorização de 27,6% passando de R$1,16/ação no final de março para R$0,84/ação no final de junho. Em 30 de junho de 2010, o valor de mercado da Companhia era de R$ 609,2 milhões. No final de junho, o capital social da Brasil Ecodiesel era formado por 725.428.727 ações. Deste total, 48% estão com pessoas físicas, 42% com investidores institucionais e 10% com investidores estrangeiros.

A empresa é pioneira e líder na produção de biodiesel no Brasil e busca a garantia de suprimento a preços competitivos e estáveis e a diversificação das fontes de suprimento, o que inclui a busca de alternativas à soja. Ela aposta nas condições naturais favoráveis do país para tornar-se um importante produtor mundial de um combustível renovável e que reduz sensivelmente as emissões de gases poluentes. Atualmente, tem quatro usinas operacionais, com capacidade instalada para 518,4 mil m³ por ano.

Mas, ao lado de aspectos favoráveis no seu desempenho, a Brasil Ecodiesel vê-se às voltas com alguns problemas. Um deles é a suspensão do Selo Combustível Social de duas das suas usinas, pelo não cumprimento de obrigações em 2007, o que afetou diretamente os resultados do 2T10. “Com isso, o volume contratado com a Petrobras foi reduzido de 69 mil m3 para 45 mil m3, o que exigiu um drástico corte de custos para minimizar a redução da receita. Apesar de tudo, foi entregue um volume 4,7% superior ao contratado”, afirmou Charles Toledo.

Ele destacou, ainda, a importância do redirecionamento estratégico da empresa para viabilizar uma maior integração com a cadeia de matéria-prima, reduzindo custos e melhorando sua competitividade. “Com esse objetivo estão sendo feitos esforços para colocar as duas unidades que perderam o Selo Combustível Social de esmagamento para funcionar e firmado parcerias estratégicas no setor da soja”, disse.

domingo, 8 de agosto de 2010

Embraer: forte geração de caixa no 2T10


A recuperação do mercado, que vem ocorrendo desde o início do ano, permitiu à Embraer obter uma receita líquida de R$2,44 bilhões e um lucro líquido de R$102 milhões no segundo trimestre de 2010, com uma margem bruta de 20,2%, margem operacional de 9% e margem Ebtida de 12,2%.

Essas informações foram prestadas aos associados da Apimec MG pelo diretor de RI da empresa, André Gaia, em reunião no início de agosto. “Ao longo do período, a Embraer entregou 69 aviões, sendo 29 jatos para o mercado de aviação comercial e 40 para o de aviação executiva. O valor da carteira de pedidos firmes a entregar atingiu US$ 15,2 bilhões, equivalentes a três anos da receita anual projetada atualmente”, acrescentou.

DESTAQUES
Segundo André Gaia, a geração de caixa proveniente das atividades operacionais foi um dos destaques do período e totalizou R$ 634 milhões, contribuindo para o crescimento da posição de caixa líquido para R$ 1,18 bilhão em 30 de junho. Essa é a primeira demonstração financeira da Embraer apresentada segundo as normas IFRS, padrão contábil internacional que passou a ser adotado pela empresa.

Como decorrência do aumento da eficiência da atividade empresarial, as despesas comerciais aumentaram 13,8 milhões com relação ao segundo trimestre de 2009, sendo exigida ampliação da estrutura de suporte ao cliente, especialmente da aviação executiva, que representou 14,4% das receitas do 2T10 (o segmento aviação comercial respondeu por 61% e o de defesa 13%).

O diretor da Embraer informou ainda que a queda da receita líquida em relação aos R$ 3,03 bilhões registrados no segundo trimestre de 2009 deveu-se, principalmente, a dois fatores: a diversidade dos produtos entregados e a valorização de 18,3% da moeda brasileira em relação ao dólar norte-americano.

“A variação cambial sobre os ativos em dólar gerou a contabilização de uma despesa com impostos diferidos no 2T10, afetando o lucro líquido do período. No 2T09, houve uma receita com impostos devido ao mesmo motivo. O endividamento total foi reduzido para R$ 2,74 bilhões, devido ao pagamento das dívidas de curto prazo com vencimento no período. Assim, o prazo médio da dívida se elevou de 5 para 5,8 anos”, complementou.