quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

USIMINAS: RECEITA, LUCRO E CAIXA AUMENTAM NO 3T10


A Usiminas apurou no terceiro trimestre de 2010 uma receita líquida de R$ 3,2 bilhões, lucro líquido de R$ 495 milhões e geração de caixa medida pelo Ebtida, de R$ 735 milhões, respectivamente 13%, 14% e 76% superiores, em comparação com igual período do exercício anterior. Esses resultados acumulados até setembro são ainda mais significativos quando comparados aos 9M09.

Esses dados foram divulgados aos associados da Apimec MG pelo presidente da empresa, Nélio Brumer, em reunião realizada em meados de dezembro, quando ele apresentou a matriz de competitividade empregada que servem de base aos resultados alcançados pela Usiminas. O executivo registrou, ainda, preocupação com a ameaça de um processo de desindustrialização no Brasil, decorrente da competição acirrada no setor siderúrgico e da taxa de câmbio valorizada em nosso país.

DESEMPENHO

Para competir nesse ambiente, explicou Brumer, a Usiminas tem investido fortemente em redução de custos, através de medidas como a recente entrada em operação da nova coqueria na usina de Ipatinga, visando à autossuficiência em coque. Disse, ainda, que a companhia atua também com vigor na disciplina dos investimentos, preservando seus mercados e a saúde financeira, mantendo um caixa consistente e um perfil da dívida adequado.

Numa comparação dos nove primeiros meses de 2010 com igual período do ano anterior, a produção de aço bruto e laminados da Usiminas somaram 5,7 milhões e 5,4 milhões de toneladas, respectivamente, 51% e 41% superior aos volumes produzidos nos 9M09. A produção de minério alcançou 5,1 milhões de toneladas, (+31%) e as vendas de produtos siderúrgicos cresceram 27% em relação aos 9M09, atingindo 5 milhões de toneladas.

Do ponto de vista financeiro, a receita líquida da empresa foi de R$ 9,9 bilhões e cresceu 24% quando comparada à dos 9M09. Já o Ebtida atingiu R$ 2,3 bilhões, o que representou um incremento de 160%, com a margem Ebtida evoluindo 12 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior, mas decrescendo 16% em relação ao do 2T10, alcançando R$ 735 milhões, devido ao menor volume vendido no período, compensado parcialmente pelo acréscimo nos preços médios praticados. A expectativa é de melhora nos próximos períodos.

Outros resultados financeiros apresentados registraram lucro líquido de R$ 1,2 bilhão, 91% acima do contabilizado nos 9M09. A dívida bruta total em 30/09/10 somava R$ 8,8 bilhões, contra uma dívida de cerca de R$ 7,8 bilhões no final do trimestre anterior. A dívida líquida finalizou o 3T10 em R$ 4,9 bilhões, contra R$ 4,1 bilhões em 30/06/10, com o índice dívida líquida/Ebtida de 1,6x nessa mesma data. No encerramento 3T10 a composição da dívida por moeda era de 46% em moeda estrangeira e 54% em moeda nacional.

A posição de caixa em 30/09/10 era de R$ 3,9 bilhões, e os investimentos totalizaram R$ 2,2 bilhões, 57% superior ao dos nove primeiros meses do ano passado. O valor de mercado da empresa, no final de setembro, era de R$ 23,0 bilhões. A Assembléia Geral Extraordinária da Usiminas aprovou o desdobramento de ações de emissão da companhia na proporção de uma nova ação para cada ação existente, conferindo aos seus titulares os mesmos direitos das ações previamente existentes. O mesmo órgão aprovou o pagamento de juros sobre capital próprio, por conta do lucro líquido no 1S10, da importância de R$ 230,2 milhões

domingo, 12 de dezembro de 2010

LUCRO LÍQUIDO DA LIGHT AUMENTA 94,8%


Após receber o “Prêmio Apimec Minas – Mercado de Capitais 2010” pela melhor apresentação de resultados no ano passado, a Light mostrou aos associados da entidade o seu desempenho no 3T10, quando obteve lucro líquido de R$ 131,3 milhões, 94,8% superior aos R$ 67,4 milhões do mesmo período no ano passado. O lucro líquido acumulado nos 9M10 foi de R$ 350,1 milhões, 2% abaixo de igual período de 2009.

A companhia distribui energia para 31 municípios do Rio de Janeiro, abrangendo 25% do território estadual, numa área de 10.970 km2, prestando serviços a cerca de quatro milhões de clientes. O grupo controlador da Light (52,1%) tem a Cemig com a maior participação acionária, estando o restante das ações em free float, 17,2% com o BNDESPAR e 30,75% no mercado.

DESTAQUES

Segundo o gerente de Ri da empresa, Gustavo Werneck, o consumo total de energia no 3T10 foi 3,1% maior que no mesmo trimestre do ano passado, somando 5.144 GWh. O mercado livre apresentou crescimento de 25,9%. No 9M10, o mercado total cresceu 6,0%.

A receita liquida consolidada do trimestre totalizou R$1,4 bilhões, 17,6% acima da registrada no 3T09, efeito principalmente do aumento de 3,1% no consumo total de energia entre os periodos. No acumulado do ano, a receita liquida totalizou R$ 4,4 bilhões, 12,7% acima do mesmo período de 2009.

O Ebitda consolidado do trimestre foi de R$ 337,3 milhões, 21,6% acima do realizado no 3T09, resultado principalmente, do bom desempenho do mercado no período e da reversão de provisão de ação judicial no montante de R$ 61,7 milhões;

A Light encerrou o trimestre com dÍvida lÍquida de R$1,6 bilhões, 7,8% abaixo e 11,2% acima da divida liquida registrada em junho de 2010 e em setembro de 2009, respectivamente. O índice de alavancagem dívida líquida/Ebtida ficou em 1,3 vezes. O Ebtida acumulado no ano cresceu 14,3%, alcançando R$969 milhões.

A reboque da ampliação das Unidades de Polícia Pacificadora, a companhia realiza ações em comunidades da cidade do Rio de Janeiro, onde estão pontos com alta perda de energia e grande potencial de retorno, implantando tecnologias para regularização do consumo e aumento da eficiência energética.

A estratégia de crescimento em geração da Light prevê a expansão da capacidade instalada em 50%, chegando 1.282MW, com o aproveitamento de oportunidades para instalação de PCHs, UHEs e aproveitamentos de biomassa e energia eólica. Estão previstas a formação de joint ventures com a Cemig para o desenvolvimento de novos projetos de geração. Os investimentos totais, na comparação entre os nove primeiros meses de 2009 e 2010, cresceram 23,9%, chegando a R$437 milhões este ano.

Com relação a dividendos, o representante da empresa disse que ela manterá sua política de pagamento de 50%, que, no final de 2009, registrou 76,3%, totalizando R$595 milhões. Para 2010, o número é R$795 milhões, com o dividend yeld chegando a 16,2%, percentual considerado excelente, principalmente se comparado com o verificado nos EUA.

OI PRIORIZA GERAÇÃO DE CAIXA


Ao divulgar os números da companhia nos 9M10 aos associados da Apimec MG, o gerente de RI da OI, Marcelo Ferreira, destacou os ganhos da sinergia vinda da integração com a BrT, com redução de despesas operacionais e um Ebtida consolidado 5,3% positivos (R$7,9 bilhões) em relação ao 9M09. Em 2010, o foco é em crescimento, geração de caixa, investimentos no crescimento em telefonia móvel, TV paga e melhoria da qualidade de serviços.

Maior grupo brasileiro em receita na área de telefonia, com mais de 31% de todo o faturamento do setor, a OI obteve nos 9M10 uma receita bruta de R$34,5 bi (+1,6% em relação ao mesmo período do ano passado. A menor agressividade comercial da companhia, está em linha com a estratégia traçada para 2010 de aumento da rentabilidade do seu negócio.

RESULTADOS

Após a compra da BrT, a OI tornou-se o player mais convergente e a única operadora a oferecer os serviços de telefonia móvel e fixo, banda larga e TV paga em todo o território nacional. São 63 milhões de clientes (26% do total de usuários do Brasil), uma evolução de 1,9 milhão em doze meses, abrangendo catorze estados, além de 138 mil km de cabos de fibras óticas 30,4 mil km de anéis metropolitanos para transmissão de dados.

A OI registrou um lucro líquido R$1,3 bilhão nos 9M10, devido a redução de despesas operacionais e melhor resultado financeiro, saindo de um resultado negativo de R$71 milhões em idêntico período do ano anterior, provocado por custos não recorrentes e distorção fiscal temporária em 2009, devido a amortização do ágio pela aquisição da BrT.

O endividamento da empresa está em linha com estratégia de desalavancagem para o ano. A dívida bruta consolidada foi de 1,9 vezes Ebtida e saiu de R$32,4 bilhões no 2T10 para R$31,3 bilhões no 3T10, sendo o custo efetivo da dívida 102% do CDI.

O representante da empresa destacou, como fato relevante, a parceria com a Portugal Telecom, provedor líder de telecomunicações em Portugal, com expertise global na área, que servirá como plataforma de crescimento internacional da OI, principalmente em banda larga e TV por assinatura. O acordo produzirá sinergia que vai melhorar o perfil da dívida da companhia.

Na apresentação, a Oi foi questionada por participantes com relação ao retorno oferecido aos acionistas, o que afetou sua imagem perante o mercado. Apresentando números sobre a evolução do pagamento de dividendos, o gerente de RI Marcelo Ferreira informou que a companhia registrou uma média de payout de 127% desde 1999 e distribuiu 79% do seu patrimônio líquido (dez/08) nos últimos dez anos.

BB lucra R$ 2,6 bilhões no 3T10


O Banco do Brasil registrou lucro líquido de R$ 2.625 milhões no terceiro trimestre, resultado 32,7% superior ao apurado no mesmo período de 2009. Esse desempenho corresponde a retorno anualizado sobre o patrimônio líquido médio (RSPL) de 26,2%, conforme divulgado na apresentação realizada aos associados da Apimec-MG, no início de dezembro.

Única empresa controlada pelo Governo e único grande banco a participar do Novo Mercado da Bovespa, o Banco do Brasil, com seus resultados recentes, consolidou sua liderança no sistema financeiro nacional, com ativos totais de R$797 bilhões, levantados no final de setembro passado.

LUCRO E RETORNO AOS ACIONISTAS

Segundo o gerente geral de Relações com Investidores, Gilberto Lourenço da Aparecida, desconsiderados os efeitos extraordinários, o lucro recorrente chegou a R$ 2.578 milhões no trimestre, crescimento de 10,8% sobre o 2T10 e de 46,1% sobre o verificado no 3T09. O RSPL recorrente foi de 25,7%.

Os resultados apurados decorreram, principalmente, da expansão dos negócios, que se refletiu no crescimento da margem financeira bruta e das rendas de tarifas, da melhoria do risco de crédito, que possibilitou redução das despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa e do rigoroso controle das despesas administrativas.

Nos nove primeiros meses de 2010 o lucro líquido totalizou R$ 7.701 milhões, mostrando crescimento de 28,5% sobre igual período de 2009. O RSPL acumulado em nove meses foi de 25,1%. Em bases, recorrentes o resultado do período alcançou R$ 6.960 milhões, apresentando evolução de 38,8% sobre o mesmo período de 2009. O retorno recorrente sobre o patrimônio líquido foi de 22,6%.

A margem financeira bruta (MFB) alcançou R$ 10.185 milhões no 3T10, o que representa expansão de 22,4% sobre o 3T09 e de 7,7% sobre o trimestre anterior. Nos nove primeiros meses de 2010 a MFB totalizou R$ 29.003 milhões, registrando crescimento de 21,9% sobre igual período do ano anterior.

O desempenho da margem reflete a expansão dos ativos, em especial das operações de crédito e das aplicações em títulos e valores mobiliários e aplicações interfinanceiras de liquidez. No caso das comparações com o 3T09 e o 9M09, a margem foi beneficiada também pela aquisição dos bancos Nossa Caixa (BNC) e Votorantim (BV).

O Banco do Brasil manteve a prática de distribuir 40% do lucro líquido a seus acionistas (payout). No trimestre foram destinados R$ 376,0 milhões a título de dividendos e R$ 673,9 milhões a título de juros sobre capital próprio.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

APIMEC-MG PREMIA DESTAQUE DO MERCADO DE CAPITAIS

Em solenidade realizada em Belo Horizonte no dia 2 de dezembro, a Apimec MG entregou o “Prêmio Apimec Minas - Mercado de Capitais”, criado para reconhecer a empresa de capital aberto que mais se destacou na divulgação dos seus resultados aos associados da entidade, com relação aos aspectos utilidade das informações para análise e decisão de investimento, qualidade do material distríbuído, governança corporativa e sustentabilidade.

A premiada em 2010 foi a Light S/A, concessionária de energia elétrica com atuação em 31 municípios do Rio de Janeiro, cobrindo uma área de 25% do território fluminense e respondendo por 72% de toda a energia consumida naquele estado. O superintendente de Planejamento e Relações com Investidores da companhia, Renato de Almeida Rocha, recebeu o prêmio das mãos do presidente da Apimec-MG, José Domingos Vieira Furtado e do assistente da Presidência da Cemig, João Márcio Siqueira.

A Light é a quinta maior empresa integrada de energia elétrica no Brasil, tem 3,9 milhões de clientes e um controlador inteiramente nacional, a Rio Minas Participações S/A (RME), formada pela Cemig, Andrade Gutierrez Concessões, Equatorial Energia e o fundo de investimentos Luce Brasil, além de acionistas minoritários, entre eles o BNDESPAR.

Mostrando sua aderência aos princípios da boa prática da governança corporativa e sustentabilidade sócioambiental, a Light é avaliada constantemente com base nos principais índices que medem a performance empresarial nessas áreas, como o ISE, o ITAG e o IGC, além de estar inserida no “Novo Mercado” da Bovespa.

A escolha Light para receber o “Prêmio Apimec Minas – Mercado de Capitais” foi feita através de avaliação direta dos associados da Apimec-MG e profissionais que estiveram presentes às 37 reuniões realizadas em 2010 para mostrar o desempenho financeiro, operacional e na área de sustentabilidade socioambiental de empresas com ações negociadas em bolsa de valores.

CAMARGO CORRÊA PRIORIZA CUSTOS E RECUPERA MARGENS

Apresentando seus resultados no 9M10 para os associados da Apimec-MG, no final de novembro, a Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário (CCDI) enfatizou a prioridade que a companhia vem dando ao controle de custos e redução de despesas, com a recuperação de suas margens de retorno financeiro.

A CCDI faz parte do Grupo Camargo Corrêa, um conglomerado com forte presença nacional e internacional e que atua em doze setores diferentes, desde a construção pesada até a área de meio ambiente, passando pela fabricação de cimento, siderurgia, concessões públicas, óleo e gás. A empresa realizou IPO em 2007 e participa do Novo Mercado da Bovespa, com 33,9% do seu capital em free-float.

RESULTADOS
Após alguns insucessos de mercado, a CCDI reformulou sua estratégia empresarial em 2009 e passou a priorizar o foco nas necessidades do seu mercado-alvo (classes B1 a D de SP, RJ, MG, ES e PR), a integração de empresas, processos e recuperação das suas margens. Em 2010, retomou o crescimento, realizando 23 lançamentos em 11 meses (7.216 unidades), com R$1,3 bilhão de volume de vendas.

Uma forte contenção de despesas faz parte da estratégia adotada, o que resultou na redução da relação despesas comerciais/receita de líquida de 15% em 2007 para 3% no final de setembro de 2010. Também as despesas gerais e administrativas sobre a receita líquida sofreram forte redução, passando de 19% naquele ano para 6% ao final dos 9M10. Com isso, obteve o melhor desempenho entre as concorrentes.

As vendas no comparativo do ano passado com relação aos noves primeiros meses de 2010cresceram 27%, passando de R$673 milhões para R$852 milhões. A estratégia teve foco na venda de unidades em estoque, lançamento de projetos com maior liquidez de venda, gestão terceirizada de vendas e maior eficiência entre as fases de estande e registro de contrato.

No comparativo com 2009 com os 9M10, a receita líquida cresceu de R$514 para R$755 milhões, tendo o lucro bruto subido de R$114 milhões para R$222 milhões, com a margem bruta passando de 22% para 29%. Na mesma comparação, o lucro líquido cresceu de R$58 milhões para R$116 milhões, o Ebtida de R$101 milhões para R$158 milhões. O patrimônio líquido passou de R$675 milhões para R$792 milhões, enquanto as ações, até 24/11/10, se valorizaram 42,9%.