sexta-feira, 22 de abril de 2011

DIRETOR DA CVM DIZ QUE IFRS É MAIS SEGURANÇA PARA INVESTIDOR


Em palestra para os associados da Apimec MG, o diretor da CVM e professor de contabilidade da USP Alexsandro Broedel disse que a adoção do IFRS pelas empresas brasileiras de capital aberto traz mais segurança para o investidor,ao permitir transparência quase total das informações contidas nas demonstrações financeiras elaboradas segundo as normas internacionais de contabilidade.

Ele destacou que o processo contábil agora ficou mais rico pois substituiu a forma jurídica pela essência dos dados divulgados, trocou os critérios fiscais antes adotados pelo conteúdo econômico e permitiu o "full disclosure" das empresas ao mercado.

Outros pontos enfatizados por Alexsandro Broedel foram que o IFRS veio reduzir o custo de capital, permitir a melhor comparação entre as demonstrações contábeis anuais, além de fazer com que a contabilidade financeira fique mais próxima da gerencial. As demonstrações contábeis agora são mais úteis aos usuários, permitindo, inclusive, avaliação por investidores e estrangeiros e avaliação de potenciais aquisições, além de reduzir o custo de transação, com as métricas contábeis mais próximas das econômicas.


O IFRS, cuja adoção é obrigatória pelas empresas de capital aberto do país a partir do exercício de 2010, traz muito mais qualidade e transparência aos números divulgados e facilitando a sua análise. Um dos resultados é que permite uma ligação mais próxima dos resultados das companhias com o valor das suas ações.

Outra novidade trazida pelo padrão internacional é que a contabilidade passa a mostrar tipos diferentes de "lucros" nos seus diversos demonstrativos. Há o lucro líquido, o abrangente, o das operações continuadas, o destinado aos sócios da controladora e o dos minoritários. Por exemplo, o lucro líquido que aparece agora nos balanços não é comparável ao lucro líquido que se divulgava no Brasil até 2009. Conforme o padrão internacional, o lucro que serve como base para pagamento de dividendos é aquele que aparece na demonstração como "atribuído aos acionistas da controladora".

segunda-feira, 4 de abril de 2011

CEDRO: AUMENTO DA RECEITA É DESTAQUE EM 2010


A obtenção de uma receita de R$494,3 milhões em 2010, representando um aumento de 38,1% em relação ao exercício passado, foi o destaque apresentado pela Cedro Textil aos associados da Apimec MG na reunião realizada no início de abril. Os números da empresa foram mostrados pelo diretor executivo Fábio Alves, enquanto o presidente Aguinaldo Diniz Filho fez uma panorâmica do setor têxtil brasileiro.

Segundo Aguinaldo Filho, que também dirige a Associação Brasileira da Indústria Têxtil, o setor representa 5,5% do PIB da indústria nacional de transformação. São 30 mil empresas que geram 1,7 milhão de empregos diretos, sendo o segundo maior empregador da indústria transformação, segundo maior produtor mundial de denim, terceiro maior produtor mundial de malha. É o quinto maior parque têxtil do mundo, com nove bilhões de peças de confecção produzidas por ano.

MAIS RESULTADOS

No exercício de 2010, a Cedro Textil registrou um lucro bruto anual de R$102,8 milhões, crescimento de 28% relativo ao ano anterior, enquanto a margem bruta anual foi de R$22,4 milhões (+20,8%). Apesar do forte crescimento do preço do algodão, o resultado líquido foi de R$14,6 milhões (margem de 2,9%), representando 344,8% sobre o de 2009, ano que registrou uma baixa base de comparação. No ano passado, a Cedro Textil retomou os seus investimentos, alocando R$38,8 milhões para isso.

Outros resultados notados foram o Ebtida negativo de 11,2% (R$43 milhões) e o endividamento líquido (excluindo vendor) de R$117,2 milhões e de R$201,8 milhões (incluindo vendor). No período 2006/2010, houve redução do endividamento em R$29,5 milhões, mesmo considerando a realização de R$112,7 milhões em investimentos e o pagamento de dividendos no valor de R$17,5 milhões.

Pela primeira vez, as demonstrações contábeis da Cedro Textil foram elaboradas conforme o padrão IFRS, atualizando o valor dos ativos e a sua vida útil, com
impacto sobre a depreciação. As operações de vendor passaram das notas explicativas para o passivo, impactando o endividamento.

De acordo com os seus dirigentes, a companhia está bem estruturada e as expectativas são de que os resultados de 2011 irão superar os do exercício anterior, tendo em vista que o abastecimento de matéria prima está garantido a preços bem inferiores aos atualmente praticados no mercado internacional do algodão, resultado da estratégia de compra adotada.