segunda-feira, 12 de abril de 2010

Eletrobrás se recupera no 4T09


Após encerrar o primeiro semestre de 2009 com um resultado negativo de R$1,99 bilhão, a Eletrobrás recuperou a sua rentabilidade e fechou o exercício com R$171 milhões positivos, com destaque para os números da CHESF. O lucro por ação foi de R$1,51. As informações foram apresentadas pelo gerente de Relações com Investidores da empresa, Arlindo Castanheira aos associados da Apimec MG, em reunião no início de abril.

Ele explicou que o número negativo foi devido à desvalorização do dólar frente ao real, que gerou perdas da ordem de R$4,6 bilhões, reflexo do grande volume de recebíveis de Itaipu que a Eletrobrás detém e que são indexados à moeda americana. Já a rentabilidade ao final do ano foi de R$2,7 bilhões conseqüência, em boa parte, das receitas relativas à participação societária de 34% que a companhia tem na CEEE, empresa que obteve decisão jurídica favorável relativa a crédito de CRC no valor de R$765 milhões.

EBTIDA
A soma dos Ebtidas das empresas controladas de geração e transmissão em 2009 foi de R$5,1 bilhões, resultado 5,54% inferior a 2008. Nas controladas, os resultados foram: Furnas (-18,32%), Chesf (-38,18%), Eletronorte (185,56%), Eletrosul (8,86%), Eletronuclear (30,2%) e CGTEE (66,62%).

O patrimônio líquido do grupo Eletrobrás está avaliado em R$76 bilhões, correspondente aos ativos das geradoras e transmissoras de energia Furnas, Chesf, Eletronorte e Eletrosul e as geradoras Itaipu, Eletronuclear e CGTEE, além de distribuidoras de energia no Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Alagoas e Piauí.

A estrutura de capital da Eletrobrás mostra que 52% das ações ordinárias (79,9%) pertencem ao Governo Federal, 5,1% a fundos de pensão estatais, 21,1% ao BNDESpar, 7%a minoritários residentes no país e 14,8% a minoritários residentes no exterior. No caso das ações preferenciais (21,1%), 47,8% pertencem a minoritários não residentes, 37,5% a minoritários residentes, 8,2% ao BNDESpar e 6,4% a fundos de pensão de empresas do governo federal.

Dentre os principais projetos da empresa em implantação estão a usina nuclear de Angra III (1.350 MW), usina hidrelétrica de Belo Monte (11.000 MW) e o complexo de Tapajós (10.682 MW). Os empréstimos e financiamentos tomados pela Eletrobrás, referente ao ativo, têm uma taxa média de 6,91%, destinados principalmente a Itaipu (US$12 bilhões) e às geradoras e transmissoras (US$9,6 bilhões). Já com respeito ao passivo (taxa média de 5,65%), US$7,7 bilhões referem-se à Reserva Global de Reversão (RGR), US$2,3 bilhões a bonds e US$2,8 bilhões a instituições financeiras.

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