quinta-feira, 9 de abril de 2009

Eletrobrás quer ser mega empresa


Aperfeiçoar a governança corporativa, reorientar negócios na área de distribuição, reformular institucionalmente a holding e reorganizar seu modelo de gestão empresarial. Esses são os principais itens em que se baseia o plano de transformação e fortalecimento da Eletrobrás para se tornar “uma mega empresa, com respeitabilidade internacional, como a Petrobrás”, conforme meta traçada pelo presidente Lula, no início deste ano.
A síntese dos resultados da empresa em 2008 e do seu planejamento estratégico foram apresentados aos associados da Apimec-MG dia 3 de abril passado pelo diretor financeiro das empresas de distribuição, Pedro Hosken, pelo gerente de relações com investidores, Arlindo Castanheira, e pelo gerente de Contabilidade, João Amanto Torres. O evento foi presidido pelo vice-presidente da Associação, Antônio Carlos Vélez Braga.

INVESTIMENTOS
Segundo os dirigentes da Eletrobrás, serão intensificados os investimentos em desenvolvimento de recursos humanos, na agregação de mais valor à marca da empresa e na transparência das suas atividades, com vistas à presença nos pregões das bolsas de Nova York e Madrid. Outro objetivo é elevar para o nível 2 sua participação na Bovespa e participar do Sustainability Index da Dow Jones.
Através do programa de ações estratégicas, a Eletrobrás pretende investir R$7,2 bilhões em 2009 nas áreas de transmissão, distribuição e geração, cabendo a esta a maior parte dos aportes. Em 2010 o valor será elevado para R$8 bilhões, decrescendo para R$6 bilhões em 2011 e R$4,6 bilhões em 2012. As atividades em parcerias nas áreas de geração e transmissão exigirão investimentos totais de R$4,2 bilhões no período 2009-2012.
Outra ação refere-se a estudos de viabilidade para investimentos internacionais em geração até 18 mil MW e em linhas de transmissão, em torno de 11 mil quilômetros, em países vizinhos ao Brasil, de forma a aumentar a disponibilidade no sistema elétrico brasileiro e promover integração com outros sistemas da América Latina. Estão também previstos estudos para aproveitamento hidrelétrico em Angola e na Namíbia, na África.
Segundo os representantes da Eletrobrás, um grande esforço gerencial será feito para atuação integrada das empresas do grupo, visando maiores ganhos em termos de competitividade, especialmente em leilões de energia elétrica. Hoje, a capacidade instalada de geração chega a 39.402 MW, somando Furnas, Chesf, Eletronorte, Itaipu, Eletronuclear e CGTEE, representando 38% do total no Brasil. Já as linhas de transmissão alcançam 59.765km ou 56% do total no país.
Com respeito aos resultados financeiros de 2008, o patrimônio líquido do grupo fechou em R$85,6 bilhões, e encerrou o exercício com um lucro líquido de R$6,1 bilhões, com a área de geração gerando receitas de R$27,1 bilhões e a transmissão de R$4,3 bilhões. Já a área de distribuição, com ativos da ordem de R$6,1 bilhões e patrimônio líquido de R$665 milhões, produziu receitas de R$2,9 bilhões, realizando um lucro de R$53 milhões, após vários anos no vermelho. Aos acionistas do grupo foram pagos dividendos no valor total de R$1,7 bilhão.
O diretor Pedro Hosken, comentando sobre a área de distribuição, disse que a busca do equilíbrio financeiro teve resultados promissores em 2008, e que o potencial de melhoria da eficiência e da produtividade é ainda bastante significativo, em vista da forte aposta que a Eletrobrás está fazendo em termos de profissionalização de gestão, melhoria contínua de processos e uso das melhores práticas de governança corporativa.

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