sexta-feira, 3 de abril de 2009

Prioridade da Cedro é preservar caixa


A preservação do caixa, com o fluxo financeiro sendo monitorado em tempo real, é a principal estratégia que a Cia. Fiação e Tecidos Cedro e Cachoeira está adotando para amenizar os impactos da crise econômica em seu desempenho. A afirmação foi do presidente Aguinaldo Diniz Filho na reunião de apresentação dos resultados da empresa em 2008 para associados da Apimec-MG e analistas do mercado de capitais de todo o País, dia 26 de março passado.
Estiveram também presentes o diretor financeiro da Cedro, Fábio Mascarenhas, a presidente do Comitê do Acordo de Acionistas, Amélia Gonzaga, e o presidente da Apimec-MG, José Domingos Vieira Furtado. Foi mostrada uma panorâmica do setor têxtil brasileiro, que destina 92% da sua produção ao mercado interno e é responsável por 1,7 milhão de empregos diretos e 6,6 milhões de oportunidades indiretas de trabalho. Mas, no ano passado, foram mais de US$2 bilhões em prejuízos, resultando em cerca de 29 mil demissões.
O presidente da Cedro adiantou que, entre as ações planejadas pelo setor têxtil para amenizar suas atuais dificuldades, está entrar no mercado americano através de convênio dos governos do Brasil e do Haiti, país que tem acordo preferencial de comércio com os EUA. Dessa forma, pretende-se reduzir as elevadas alíquotas tarifárias existentes atualmente.
Outra frente de atuação está na OMC, onde já foi ganha ação contra os subsídios americanos à indústria local, com direito a retaliação da ordem de US$4 bilhões. Em vez de agir dessa forma, o governo brasileiro pretende exportar tecidos para aquele país com impostos reduzidos. A Argentina é outro mercado que está merecendo atenção brasileira, em vista das práticas protecionistas que adota.
Falando sobre os bons resultados da Cedro no ano passado, o diretor financeiro Fábio Mascarenhas destacou que contribuiu muito para isso o acerto das previsões sobre as tendências do mercado, resultando no aumento das margens bruta e líquida. Outro fator ressaltado foi a redução do endividamento, tendo a empresa fechado 2008 com um lucro líquido de R$404,2 milhões, um aumento de 14,7% com relação ao ano anterior. Com relação ao lucro bruto, houve um crescimento da ordem de 74%, tendo o Ebtida possibilitado uma geração de caixa quase 178,5% maior.
Dentre as expectativas para 2009, está uma redução importante da demanda, disse Mascarenhas, que projeta resultados financeiros abaixo do esperado inicialmente, devendo a empresa, mesmo com cautela, recorrer a capitais de terceiros, com elevação dos custos de financiamento e redução de crédito. Para fazer frente ao cenário negativo, dentre outras atitudes, a Cedro vai concentrar seus esforços na adequação do ritmo de produção à demanda dos clientes e no investimento em produtividade, com aquisição de equipamentos mais eficientes, além da redução dos custos fixos em 18%.
A íntegra da apresentação dos resultados da Cedro em 2008 pode ser obtida na Apimec-MG, pelo telefone (31) 3213-0693.

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