segunda-feira, 15 de março de 2010

Neonergia sem previsão de IPO


“A Neoenergia ainda não tem planos de realizar um IPO, continuando a ter como fonte de funding os bancos públicos de fomento e organismos multilaterais, vindo em segundo lugar o mercado de capitais, através da oferta de debêntures". A afirmação foi feita pelo diretor Financeiro e de RI da empresa, Eric Breyer, respondendo pergunta de associado da Apimec MG na reunião para apresentação dos resultados de 2009, realizada no início de março, em Belo Horizonte.

Segundo ele, a empresa deve continuar com um crescimento apenas orgânico no segmento distribuição, onde está concentrada a maioria das suas operações. Isso mesmo que a Neoenergia esteja com rating AA+, com perspectiva positiva, com uma boa capacidade de endividamento e um caixa com cerca de R$3 bilhões. A maior parte dos investimentos continuará concentrada, principalmente, na área de geração e na participação em leilões de novos empreendimentos energéticos.

LUCRO
A empresa atua em oito estados brasileiros, tendo como principais controladas a Coelba (Bahia), Celpe (Pernambuco) e Cosern (Rio Grande do Norte), estados em que possui redes de distribuição, usinas termoelétricas e hidrelétricas e subestações de energia elétrica. Sua presença se estende aos estados de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, através de usinas e PCHs já em operação (investimentos de R$ 542 milhões em 2009) e novos empreendimentos, representando investimentos de cerca de R$1,5 bilhão até 2012.

Em 2009, a Neoenergia obteve um lucro líquido de R$1,5 bilhão, tendo o Ebtida alcançado R$2,6 bilhões. O destaque foi para o segmento geração, que obteve uma margem Ebtida de 4,4% em comparação com 2008, enquanto que na distribuição houve redução de 3,9%. A empresa, no total, teve sua margem reduzida em 3,4%. O resultado operacional líquido alcançou R$6,9 bilhões em 2009, contra R$6,2 bilhões no ano anterior.

O diretor Eric Breyer ressaltou as ações que a empresa vem executando na operação e capacitação de comunidades, adotadas para evitar e diminuir a perdas técnicas e não técnicas. “No ramo da energia, a perda é uma das principais variáveis que impacta na receita do negócio”, explicou. Acrescentou ainda que os investimentos socioambientais acumulados alcançaram R$211,6 milhões em 2009, com um crescimento de 122% a.a desde 2005.

Outro dado importante repassado aos associados da Apimec MG foi que os três primeiros lugares do Prêmio Abradee, em 2009, foram conquistados pelas empresas de distribuição do grupo Neonergia (Coelba, Cosern e Celpe), em reconhecimento à sua atuação na área de gestão econômico-financeira.

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