domingo, 11 de maio de 2008

Souza Cruz

Executivos da Souza Cruz participaram na última sexta-feira de encontro com investidores promovido pela Apimec-MG. Apesar das campanhas contra o fumo dominarem todas as mídias, o desempenho e a perspectiva da empresa são bastante otimistas.

A Souza Cruz, fundada há 105 anos e há mais de 40 com ações negociadas na bolsa, é líder absoluta no mercado brasileiro, com mais de 60% de participação. Vale destacar que o Brasil é o sexto maior mercado de cigarros do mundo, atrás somente dos EUA, Rússia, Japão, Indonésia e Alemanha. Isso sem contar a China, que não é levada em consideração pela indústria de cigarro naquele país representar um monopólio.

No primeiro trimestre de 2008, o resultado financeiro da Souza Cruz foi impactado pelo aumento de preços do cigarro, a elevação do IPI em 30% a partir de julho de 2007 e a redução de um bilhão de cigarros no mercado nacional, segundo o gerente de Relações com Investidores, Paulo Ayres. Com isso, a companhia apurou queda de 2,4% na comparação entre os primeiros trimestres deste e do ano passado, resultado esse que deve ser revertido ao longo do ano. E, mesmo assim, a Souza Cruz vendeu nada menos que 19,4 bilhões de cigarros de janeiro a março.

De 2003 a 2007, o faturamento da Souza Cruz cresceu 58% e o volume produzido 25%. A empresa fechou o último exercício com receita bruta de R$ 9,958 bilhões e volume de vendas de 121 milhões de toneladas de fumo. Ayres ponderou que a companhia pagou R$ 5,1 bilhões somente em impostos indiretos embutidos nos produtos. “A Souza Cruz está entre os 10 maiores contribuintes de tributos do país”, afirmou.

Vale destacar ainda que as ações da Souza Cruz subiram 9,6% do primeiro trimestre de 2007 (R$ 41,50 foi a cotação de fechamento) para o primeiro trimestre de 2008 (R$ 45,49). “O desempenho foi menor que o do Ibovespa, mas superior ao de muitas empresas tradicionais”, afirmou Ayres. Ele achou importante ressaltar que, por outro lado, na mesma base de comparação, o valor negociado passou de R$ 578 milhões para R$ 994,3 milhões, quase atingindo a cifra de R$ 1 bilhão. O valor de mercado da empresa hoje é de R$ 13,9 bilhões.

Se por um lado, as entidades ligadas à saúde abominam a indústria do cigarro, mais de 44 mil produtores de fumo que trabalham para a Souza Curz e suas famílias comemoram o fato do Brasil ser o maior produtor e exportador de fumo do mundo. A Índia, que está em segundo lugar, tem um desempenho menor que a metade da do Brasil. De novo, sem contar a China.

Segundo levantamento da Souza Cruz, a produção de fumo em todo o país envolve 925 mil pessoas, 787 municípios produtores, 183 mil produtores integrados, 361 hectares plantados, 759 toneladas produzidas, R$ 3,3 bilhões de receita aos produtores, 35 mil empregos nas usinas e 4 mil transportadores.

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