terça-feira, 25 de agosto de 2009

SOUZA CRUZ: LUCRO LÍQUIDO CRESCE 65% EM 2009


A Souza Cruz apresentou, no primeiro semestre de 2009, um lucro líquido de R$922 milhões, representando um crescimento de 65% com relação a idêntico período do ano passado, segundo informou o gerente de Relações com Investidores da companhia, Ricardo Mares Guia, em apresentação para associados da Apimec-MG e convidados realizada nesta terça-feira (25/08/09), em Belo Horizonte. Ele acrescentou que a empresa registrou um lucro operacional de R$1,1 bilhão, 55% superior ao do primeiro semestre de 2008.
Depois de fazer uma panorâmica sobre a empresa, o mercado brasileiro de cigarros e de fumo, o perfil e comportamento dos consumidores dos seus produtos, o representante da Souza Cruz destacou que a empresa teve reduzida sua participação no market share do segmento em 0,1%, devida, principalmente, ao movimento de preços das suas marcas e à concorrência ilegal, já que, no Brasil, as vendas de produtos contrabandeados cresceram 2,5% na comparação com o primeiro semestre de 2008.
Com relação às margens operacional e Ebitda, o crescimento foi, respectivamente, de 41,5% e 38,6% no final do primeiro semestre de 2009, tendo as cotações das ações da Souza Cruz apresentado uma variação positiva de 22,1% na comparação com igual período do ano anterior, enquanto o índice Bovespa caiu 20,8%. No dia 14 de agosto passado, o valor de mercado da empresa chegou R$17,9 bilhões, superior aos R$13,5 bilhões do final de 2008.
As ações na área de marketing, englobando as ações de comunicação, e na gestão estratégica de distribuição e pessoal, foram destacadas pelo diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Luiz Rapparini, como as principais razões do bom desempenho apresentado pela Souza Cruz. Respondendo a questões levantadas pelos participantes da apresentação, ele afirmou que a empresa não possui um plano B para evitar as crescentes restrições anti-fumo, não estando prevista qualquer iniciativa para diversificar a linha de produtos da empresa, que continuará focada na industrialização de cigarros e exportação de fumo.
Essa estratégia se baseia em informações que apontam para o constante crescimento do número de fumantes, associado ao aumento populacional, e à venda de produtos com maior valor agregado, como as marcas premium, cuja fatia no conjunto dos produtos da Souza Cruz deverá aumentar em razão da migração dos consumidores de marcas mais baratas, motivada pelo crescimento da renda da população. Outro fator apontado foi o desenvolvimento de produtos menos nocivos e que poderão ser consumidos em ambientes fechados.
Com relação a informações divulgadas na imprensa sobre um possível fechamento do capital da Souza Cruz, Rapparini comentou que o controlador da empresa, a British American Tobacco, não pensa no momento em realizar oferta de compra de ações em poder de minoritários, não descartando, no entanto, que isso poderá ser feito futuramente, se for julgado estrategicamente relevante.

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