segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

MRV foca no segmento de baixa renda




A MRV Engenharia pretende continuar com sua estratégia focando principalmente o segmento de baixa renda para desenvolver seus negócios, considerando o “Programa Minha Casa, Minha Vida” do Governo Federal, que tem impulsionado bastante a demanda por construções na faixa de R$80 a 130 mil, beneficiando consumidores com renda de 3 a 10 salários mínimos. Mas a atuação também continuará alcançando o segmento de média e alta renda.
A afirmação foi feita aos associados da Apimec MG pelo vice-presidente executivo e de Relações com Investidores da MRV Engenharia, Leonardo Corrêa, em reunião do dia 9 de dezembro. Ele destacou que a decisão se baseia no potencial de mercado criado a partir da iniciativa do governo, que permite a reduzir as prestações quase pela metade em alguns casos, devido à oferta de subsídios, redução da taxa de juros e do seguro mensal.
O diretor da MRV ressaltou que, no entanto, o foco na baixa renda não significa abrir mão da rentabilidade, exemplificando que, comparativamente a outras empresas do setor, a construtora tem obtido as melhores margens, chegando a 25% no caso de imóveis na faixa de R$100 mil (margem Ebtida x preço médio de venda). Outros fatores destacados foram o forte relacionamento com a Caixa Econômica Federal e os ganhos de escala, já que a empresa tem sua estrutura montada de forma a poder crescer a produção, por exemplo, de 50 a 200 mil unidades, sem maiores investimentos.
Leonardo Corrêa informou que as atividades operacionais no 3T09 permitiram uma geração de caixa da ordem de R$23 milhões, sendo que há quatro anos a empresa vem tendo crescimento superior a 100% anuais, o que aumenta a demanda por capital de giro e a busca constante pela geração positiva de caixa. Em comparação com as maiores do seu setor, a MRV é a líder nessa corrida, disse.
Com a mais recente oferta de ações, chegando a negociar R$32 milhões/dia, a MRV consolidou sua posição como uma das maiores companhias do setor imobiliário no Brasil, tanto em termos de market cap quanto de liquidez. A evolução do Ebtida nos nove primeiros meses de 2009, em comparação com o mesmo período do ano passado, chegou a 59,9%, enquanto a margem Ebtida cresceu 42,7% no 3T09, em relação ao trimestre anterior. Já o lucro líquido cresceu 55,8% na comparação desses últimos períodos.

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