segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Magnesita: modelo exclusivo de negócios aumenta lucro


“Na Magnesita, os refratários fabricados têm nome próprio”. Com essa frase, o diretor de Finanças e Relações com Investidores da empresa, Thiago Rodrigues, sintetizou o modelo inovador adotado pela companhia para atender às necessidades dos seus clientes, proporcionando expressiva redução de custo, materiais e energia, além de aumentos da produtividade, qualidade e redução do Capex. Duas unidades da Votorantim, uma da Usiminas, quatro plantas da Gerdau no exterior e uma da Arcelor Mittal já adotam o modelo.

Rodrigues, que, juntamente com o presidente da Magnesita, Ronaldo Iabrudi, apresentou os resultados do 3T09 aos associados da Apimec MG, no início de dezembro, também afirmou que o modelo CPP (Cost per Performance), em que engenheiros da empresa atuam dentro das plantas dos clientes, traz grandes vantagens para a Magnesita pois permite participar da receita deles e, assim, obter maiores margens de lucro e estabelecer parcerias de longo prazo.

Única produtora 100% integrada no seu setor (mineração e industrialização), a Magnesita é um dos principais fabricantes mundiais de refratários, materiais de alta resistência ao calor, fornecidos às indústrias siderúrgica (70%), de cimento, vidros, cerâmica, cal, metais não ferrosos, química e outras. Sua capacidade anual é de 1,43 milhão de tonelada de 13 mil tipos diferentes de refratários, fabricados no Brasil e em países como os EUA, China, Argentina, França, Bélgica e Alemanha.

RESULTADOS
Mesmo com a crise econômica mundial, a Magnesita obteve crescimento de rentabilidade no 3T09, com a margem bruta alcançando 35,1% e a margem Ebitda 22,8%, uma evolução de 7,0 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior e um aumento de 16,3% na margem acumulada nos nove primeiros meses do ano.

Os ajustes realizados em todas as unidades, adequando-se ao mercado mundial, apresentaram os primeiros resultados, tendo a Companhia encerrado o 3T09 com lucro líquido de R$ 24,4 milhões ante prejuízo de R$ 12,2 milhões no período imediatamente anterior.

A receita líquida somou R$ 483,6 milhões no último trimestre, com crescimento de 6,5%ante o 2T09. O mercado interno contribuiu com 45,8% dessa receita, comparado a 39,7% no 2T09. O aumento da participação do mercado interno deveu-se, principalmente, à recuperação mais rápida da indústria nacional e ao impacto cambial negativo da valorização do real em relação ao dólar norte-americano nas vendas externas.

No 3T09, o Custo dos Produtos Vendidos (CPV) foi de R$ 313,9 milhões, 1,3% superior ao registrado no trimestre imediatamente anterior, refletindo o aumento da receita no período (+6,5%). Comparando com o 3T08, houve redução de 22,0%, reflexo também da queda de 24,0% verificada na receita.

Segundo o presidente da Magnesita, Ronaldo Iabrudi, o trimestre foi encerrado com os avanços em todas as frentes em que a empresa atua, especialmente com a recente finalização do aumento de capital de R$ 350,0 milhões. “Com esse reforço de caixa, diminuiremos o endividamento, reduzindo consideravelmente a alavancagem financeira da Companhia", destacou.

As ações ordinárias da Magnesita (MAGG3) apresentaram valorização de 44,7% no terceiro trimestre de 2009, cotadas a R$ 11,50 ao final de setembro. No mesmo período, o Ibovespa, registrou valorização de 19,5%. Foram realizados no período 35.146 negócios envolvendo 29,2 milhões de ações da Magnesita, com volume financeiro de R$ 313,5 milhões. O volume financeiro diário médio no período foi de R$ 5,0 milhões.

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