terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Biomm Technology aumenta capital


A Biomm Technology pretende captar até R$ 25 milhões no mercado para investir no seu plano estratégico de curto e médio prazos, que prevê a modernização de laboratórios e a formação de pessoal. Os recursos também serão destinados para melhorar a liquidez e o balanço da empresa, enquanto seus projetos em implantação se consolidam. O anúncio foi feito pelo presidente da empresa, Francisco Freitas, em reunião realizada no final de novembro com os associados da Apimec MG.

Segundo ele, a Biomm pretende desenvolver novos negócios relacionados à tecnologia para produção de proteínas humanas recombinantes e, ainda, desenvolver e comercializar processo de produção de enzimas para a produção de etanol a partir de resíduos como o bagaço de cana. A empresa é pioneira no Brasil no desenvolvimento de processos de produção utilizando técnicas da biotecnologia desde a sua origem, em 1976, quando ainda se chamava Biobrás e iniciou a produção de insumos biotecnológicos para a indústria alimentícia, farmacêutica e têxtil.

Na década atual, a Biomm alcançou o 1º lugar no Prêmio Nacional Finep de Inovação, obteve patentes nos EUA, na Europa e em vários outros países, e fechou um acordo para o licenciamento da tecnologia e construção de uma planta de produção de insulina na Arábia Saudita para o mercado do Oriente Médio. Além disso, iniciou o desenvolvimento de processos de produção de enzimas para a produção de etanol de resíduos de celulose.

ESTRATÉGIAS
Como estratégias de crescimento, a empresa pretende, no curto e médio prazos desenvolver novos negócios de licença da tecnologia de proteínas recombinantes, desenvolver e comercializar processo de produção de celulases para etanol de resíduos de celulose. O mercado estimado de celulase no Brasil é de US$ 30 a 130 milhões em 2015 e de US$ 290 a 380 milhões em 2020. A Biomm pretende utilizar nesse projeto sua experiência com enzimas, com o desafio de chegar a uma produção de baixo custo. Em cooperação com UFRJ e Dedini, com participação da FINEP, num período de três a cinco anos os investimentos devem chegar a R$ 13 milhões, cabendo R$ 3 milhões à empresa.

Já no médio e longo prazos o plano é prestar serviços biotecnológicos , um mercado dimensionado em US$ 2,3 bilhões/ano. A idéia é também consolidar a atuação no setor de biotecnologia, através do uso de processo inovador e produção a custos competitivos. De acordo com os dados com que a Biomm trabalha, o mercado mundial de insulina movimentará cerca de US$ 15 bilhões em 2015, com um crescimento previsto de 6% ao ano. Já com relação a outros medicamentos biotecnológicos a estimativa é de US$ 70 bi/ano.

A Biomm é controlada pela Bio Participações (Walfrido Mares Guia e Henriqueta Mares Guia), com 22,8%, pelo BNDESPar, com 15,8%, pela Emvest (Guilherme Emrich), com 14,7% e pela Elbrus Participações e Gama Participações (Ítalo Gaetani), com 10,8%. O restante da participação é dividida por 450 outros investidores, que têm 35,9% de participação acionária .

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