segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Repercussão Unibanco


O economista sênior do Unibanco, Darwin Dib, disse na última quinta-feira em reunião da Apimec-MG, que a variação do dólar e do Ibovespa é brando diante da crise que se configurou nos Estados Unidos. O mérito, segundo ele, são dois últimos presidentes da República. Primeiro do governo FHC, que implantou o câmbio flutuante, a meta de inflação e o superávit primário das contas públicas. E, segundo, do governo Lula, que aprofundou as medidas adotadas. “O que vai acontecer com o Brasil é um crescimento menor, enquanto a grande parte dos países desenvolvidos registrará desempenho negativo”, disse.

Os especialistas reconhecem que é engraçado, se não constrangedor, os elogios que eles próprios fazem à política-econômica do presidente Lula. “Os conceitos mudam. Economistas do setor bancário criticavam a regulamentação do Banco Central. Hoje, agradecem”, disse Rogério Calderón, diretor-executivo de Planejamento, Controle e Relações com Investidores do Unibanco.

O presidente da Apimec-MG, Paulo Ângelo Carvalho de Souza, ressaltou que a crise afetou a liquidez brasileira e que o crédito desapareceu. Mas, no caso do Unibanco, segundo Calderón, os principais produtos do banco, como crédito imobiliário e financiamento de veículos, são consignados, o que reduz a preocupação.

Perguntado sobre o AIG, o diretor-executivo esclareceu que o Unibanco não tem vinculo com o banco norte-americano. “Aliás, somos potenciais compradores da parte minoritária. Estamos interessados e temos a preferência”, afirmou.
O Unibanco detalhou aos investidores mineiros seu desempenho semestral e as estratégias de negócios. Ao final da reunião, a Apimec-MG conferiu o Selo Assiduidade pela 10ª apresentação do banco em Belo Horizonte.

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