domingo, 27 de abril de 2008

Bolsa Uniforme


Aguinaldo Diniz Filho, diretor-presidente da Cedro & Cachoeira e também presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), disse em primeira mão durante reunião da Apimec-MG com investidores mineiros, que vai propor ao governo federal a adoção do "Bolsa Uniforme". O projeto consiste na doação de roupas e calçados para 50,6 milhões crianças do ensino público em todo o país. "O investimento não é tão significativo, mas o alcance social é enorme", afirmou Diniz Filho.

O executivo admitiu que a iniciativa também seria uma janela de oportunidade para o setor. "Já fizemos o cálculo. Seriam usados 125 milhões de metros de brim, por exemplo. É mais que a produção anual deste tipo de tecido da Cedro & Cachoeira", disse o presidente da Abit, que também é diretor-presidente da Companhia de Fiação e Tecidos Cedro e Cachoeira. Ele estimou ainda que a produção dos uniformes geraria cerca de 425 mil empregos na cadeia têxtil.



Nairo Alméri, do Hoje em Dia, dedicou sua coluna à Cedro & Cachoeira

A palestra da companhia aos investidores mineiros foi promovida na última sexta-feira pela Apimec-MG. José Domingos Furtado, mediador da apresentação, entregou ao presidente da empresa, Aguinaldo Diniz Filho, o "Selo Assiduidade" pelo quinto encontro consecutivo.

Confira a coluna do jornalista Nairo Alméri:

Rota da Cedro para retomar os lucros

Em 2007, a Companhia de Fiação e Tecidos Cedro e Cachoeira ainda continuou no vermelho. Mas teve o mérito de chegar, em 31 de dezembro, com uma redução de 75,3% no prejuízo de 2006 - de R$ 19,8 milhões para R$ 4,9 milhões. A receita líquida da companhia avançou 14,4%, para R$ 352,3 milhões, mas com perdas de 10% nas exportações, de R$ 41,5 milhões.

O diretor-presidente da Cedro, Agnaldo Diniz Filho, prevê que, já neste exercício, voltará a ser lucrativa. Interpretando o sentimento dos dirigentes das empresas representadas pela Associação Brasileira da Indústrias Têxtil e de Confecções (Abit), Diniz Filho disse que "2008 está um ano melhor". A Cedro, com 136 anos de existência, possui quatro fábricas - Sete Lagoas, Caetanópolis e Pirapora.

Para deixar para trás, neste ano, o período dos balanços no vermelho, a Cedro conta, basicamente, com os efeitos positivos de três posturas que começaram a apresentar resultados em 2007. Uma delas - a mais destacada na apresentação e na parte do relatório do balanço reservada ao "desempenho econômico-financeiro" -, é a redução dos estoques. Em 2002, a companhia operava estoques médios para 106 dias de vendas. Baixou para 90 dias, em 2006, e 67, no ano passado. "Estamos com o Sistema Toyota (modelo de gestão do grupo japonês): empresa limpa e a fábrica produzindo só o necessário", diz, confiante, o diretor de Relações com Investidores, Fábio Mascarenhas Alves.

Com menos matérias-primas, insumos e produtos em linha e acabados estocados nas fábricas, a Cedro elevou a sua geração de caixa em 555,6%, em 2007, com resultado de R$ 22,3 milhões. Hoje, diz Fábio Mascarenhas, a empresa tem um ciclo financeiro de 85 dias, o mais baixo desde 2001.

"Nós estávamos errados. Foi feita mudança importante na diretoria, em 2006, e os resultados estão surgindo. O estoque era excessivo", admitiu Diniz Filho. Ele calculou em 31% a redução de capital no fluxo financeiro. Hoje, completou, a companhia, além de fugir da formação de estoques "indevidos", está com a produção muito vinculada às vendas e "acompanhando melhor a tendência do mercado de moda".

1) Dívida menor - A diretoria da Cedro deu à redução do endividamento da companhia o mesmo tratamento vip dispensado ao item estoques. No passado, a empresa aplicou uma redução de 12,7%, para R$ 132,1 milhões. Contribuiu a diminuição de 26%, para R$ 16,9 milhões, na necessidade de investimentos.

2) Perfil melhor - Fábio Mascarenhas apontou, além da redução na dívida líquida, como importante nas perspectivas otimistas da Cedro, a renegociação da dívida - principalmente com BNDES, BDMG e Banco do Brasil -, melhorando o perfil dos vencimentos. Antes da negociação, os compromissos eram de R$ 85,4 milhões - 56,6% do total - para este ano. Após, caíram para R$ 71,8 milhões - 47,1%.

3) Ser a 1ª - Entre as metas da Cedro, para retornar ao clube das empresas lucrativas, está a liderança na fabricação dos brins da linha profissional - uniformes e de segurança. «A Cedro é a segunda e nós queremos passar a Santista (Grupo Camargo Corrêa), que é a primeira». Este tecido, com destaque para o «retardante de chamas» e «arco elétrico» (em teste pela Cemig), tem maior valor agregado - R$ 17 o metro.

4) Servidores - Para crescer nos negócios dos brins profissionais, o presidente da Cedro admite que a companhia aposta, sim, na criação de uniformes para o serviço público.

5) Expansão - Hoje, a capacidade dos brins profissionais nas instalações da Cedro é para 2,4 milhões de metros/mês. De acordo com seu presidente, será aumentada de «forma considerável», sem a necessidade de novos investimentos, em função da flexibilidade implementada no mix de produção. Estes brins respondem por 35% a 36% do faturamento da companhia.

6) Eletricidade - Nos custos operacionais, a Cedro quer avançar na geração própria de energia, chegando a 35% da sua demanda, via expansão na capacidade de sua PCH, de 3 megawatts (MW) para 11 MW. A usina fica no Rio Paraoninha - afluente do Rio Cipó. A Cemig participa dos estudos do projeto, que será direcionado para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), podendo ter até 80% de financiamento do BNDES.

7) Até 2016 - Por enquanto, o diferencial da Cedro, em termos de abastecimento de energia, está no contrato com a Cemig: garantia de abastecimento até 2016, ao preço de R$ 108 a R$ 109 o megawatt/hora, contra R$ 540 para os contratos, em janeiro.

*Acordo - Nas negociações que terão a participação da Abit, amanhã e terça-feira, nos Estados Unidos, com as presenças dos ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, e da Casa Civil, Dilma Rousseff, está a tentativa de retirada de alíquotas de 17% a 22% nos tecidos brasileiros.

*Mercado - A importância que a indústria têxtil nacional dá para um acordo com os EUA é medido pelo valor dessa pauta de importação daquele país: US$ 100 bilhões anuais. O Brasil só participa com US$ 300 milhões - incluindo cama e mesa. A pauta total brasileira, para todos os mercados, em 2007, foi de US$ 2 bilhões.

*Revitalize - No país, para o curto prazo, a Abit espera pela regulamentação da nova Política Industrial, que estenderá o acesso às linhas de crédito do BNDES, no programa «Revitalize», para empresas com faturamento acima de R$ 300 milhões. Esta fonte tem juros subsidiados para capital de giro e fixo, com a possibilidade de um redutor de 20% para credores adimplentes. «(Agora) permite a entrada da Cedro e Cachoeira», comentou seu presidente.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Cedro & Cachoeira fala sobre desempenho financeiro em encontro com investidores mineiros

A Companhia Fiação e Tecidos Cedro Cachoeira, uma das maiores empresas do setor têxtil brasileiro e a mais antiga companhia privada de capital aberto do país, encontra-se com investidores mineiros em evento promovido pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais de Minas Gerais (Apimec-MG). A reunião será na próxima sexta-feira (25/04), às 8h30, no Auditório da Cedro, na Rua Paraíba, 337, Funcionários. O evento é gratuito, mas é necessário confirmar presença pelo telefone 31.3213-0693 ou pelo e-mail apimecmg@apimecmg.com.br.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Inscrição para o 20º Congresso Apimec

A Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais – Apimec Nacional – realizará entre 20 e 22 de agosto o seu 20º Congresso, no Rio de Janeiro. Neste ano, o tema é "Novas Fronteiras, Desafios e Responsabilidades". As inscrições para o evento e para o "Concurso de Trabalhos" já podem ser feitas no www.congressoapimec2008.com.br e tem valor especial até o dia 30 de abril. O site oficial disponibiliza ainda a programação preliminar do encontro, com os temas das palestras e ministrantes.



sexta-feira, 18 de abril de 2008

Copom eleva a taxa Selic para 11,75% ao ano

Nota Banco Central

Brasília – Avaliando a conjuntura macroeconômica e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic para 11,75% a.a., sem viés. O Comitê entende que a decisão de realizar, de imediato, parte relevante do movimento da taxa básica de juros irá contribuir para a diminuição tempestiva do risco que se configura para o cenário inflacionário e, como conseqüência, para reduzir a magnitude do ajuste total a ser implementado.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Banco Itaú reúne-se com investidores mineiros

O Itaú participa de encontro com investidores promovido pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais de Minas Gerais (Apimec-MG) na próxima quarta-feira (16/04). A reunião será às 17h30, no Hotel Mercure BH Lourdes, que fica na Avenida do Contorno, 7.315, Lourdes. O evento é gratuito, mas é necessário confirmar presença pelo telefone 31.3213-0693 ou pelo e-mail apimecmg@apimecmg.com.br.

Juiz de Fora integra-se ao calendário oficial do mercado financeiro do estado

Cerca de 10 empresas de capital aberto, junto com a Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais de Minas Gerais (Apimec-MG), promoverão encontros com investidores e analistas juiz-foranos ao longo deste ano. “Estamos apoiando ainda a realização da 1ª Expo Money INI Day, no dia 29 de novembro”, afirmou o presidente da entidade, Paulo Ângelo Carvalho de Souza. O seminário proporciona o aprimoramento de conhecimentos em finanças e investimentos em um dia inteiro de apresentações, conduzidas por palestrantes de renome do Circuito Expo Money, que em 2008 percorrerá 11 cidades brasileiras.

Na última semana, a apresentação do Bradesco, promovida pela Apimec-MG, reuniu quase 150 pessoas em Juiz de Fora. Participaram do encontro com investidores, além dos dirigentes da entidade, o presidente vice-presidente do banco, Milton Vargas, e o diretor de Relações com Investidores (RI), Jean Philippe Leroy, entre outros executivos.