quarta-feira, 4 de junho de 2008

Copom

Mais uma vez o Banco Central desilude a sociedade recorrendo à política monetária e aumentando os juros em mais 0,5 ponto percentual, para 12,25% ao ano, com o objetivo de conter a inflação. Não há dúvida que é um forte freio no crescimento econômico, com pressões no câmbio e na dívida interna. Na reunião anterior, o Copom já havia elevado em 0,5 ponto percentual e agora repete a dose. Repelimos com veemência qualquer possibilidade de retorno da inflação. A pergunta que nos cabe nesse momento é: Será que o Banco Central não teria outros instrumentos para controlar eventual surto inflacionário? Acreditamos que teria sim. O governo brasileiro poderia elevar o superávit primário, diminuindo os gastos públicos, sem cortar investimentos. Aumentando a receita, o governo poderia reduzir a dívida interna. Em alguns meses, com a queda consistente da dívida interna, em função da geração maior do superávit primário, seria possível promover a redução na taxa de juros a um patamar digno de investment grade.

*Paulo Ângelo Carvalho de Souza, presidente da Apimec-MG

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