terça-feira, 14 de abril de 2009

BB: Crescimento supera setor bancário


O Banco do Brasil, em 2008, superou a média do setor bancário em cerca de 10%, aumentando sua participação no market share nacional. No total, foram R$224,8 bilhões emprestados num cenário de redução da taxa de juros e contração do spread, compensados pela alavancagem dos negócios, segundo o gerente de Relação com Investidores, Marco Geovanne Tobias da Silva.
Essas informações foram transmitidas aos associados da Apimec-MG e convidados na reunião do dia 6 de abril passado, presidida pelo presidente da Associação, José Domingos Vieira Furtado, com a participação do gerente da divisão de Controladoria, Marvio Freitas e do gerente da Superintendência Regional, Euber Wandaik.

EXPANSÃO
Segundo o gerente de RI, a forte expansão do crédito no exercício passado impulsionou as receitas com operações de crédito a pessoas físicas, pessoas jurídicas, agronegócios, empréstimos no exterior e outras receitas financeiras. Mas os destaques foram os negócios com pessoas físicas, em especial os empréstimos consignados e o financiamento a veículos, através do Banco Votorantim. O agronegócio continuou um segmento estratégico para o banco pelo volume financeiro e por ser uma contribuição da instituição para a segurança alimentar dos brasileiros.
Ele disse ainda que as captações aumentaram em todas as linhas, alcançando R$362,6 bilhões no ano passado, principalmente nos depósitos a prazo (R$149,8 bilhões), sendo relevante o “vôo de qualidade” empreendido pelo Banco do Brasil através da atração de grandes investidores. Foram R$91,4 bilhões relativos aos depósitos em mercado aberto, R$55 bilhões em depósitos à vista, R$52 bilhões em cadernetas de poupança e R$14,3 bilhões referentes a outras linhas.
Foi destacado ainda que, graças ao aumento da qualidade do controle de crédito, os índices de inadimplências foram menores que os do sistema financeiro nacional, incluindo o agronegócio. No caso de pessoas físicas, enquanto o conjunto dos outros bancos teve inadimplências de 8,1%, o BB ficou em 5,9%. Já o percentual dos bancos em geral ficou em 3,7% e o Banco do Brasil em 1,8%.

PORTFÓLIO
Segundo Geovanne, a diversidade do portfólio do banco e sua ampla base de clientes garantiram o crescimento das receitas não financeiras, com ênfase em negócios não bancários como cartões de crédito e seguros. Apesar de ser menos agressivo que a concorrência nos custos dos serviços, do ponto de vista operacional o Banco do Brasil aproximou sua eficiência dos padrões do setor privado, com contínuos ganhos de produtividade na relação entre volume de ativos e número de funcionários.
Outro fato destacado foi a preocupação do BB com a sustentabilidade dos seus negócios, o que inclui aspectos como a ecoeficiência, com a redução do consumo de papel e água e consumo de toner. O diretor do Banco ainda ressaltou que a instituição tem aumentado o número de horas no treinamento de pessoal, reduzido a rotatividade do seu quadro de funcionários, além de aumentar o crédito para empreendimentos florestais e para a produção orgânica de alimentos.
“Tudo isso se refletiu na geração de maior valor para os acionistas do Banco do Brasil em 2008. O banco olha para o futuro buscando novas oportunidades e a melhor rentabilidade dos seus negócios. Num horizonte de cinco anos, pretende aumentar sua participação no segmento de empréstimos consignados e financiamento de veículos, liderar em operações de desembolsos do BNDES, reforçar sua atuação no mercado de capitais e ampliar sua participação junto aos segmentos de cooperativas de crédito, micro e pequenas empresas. Além disso, em 2009 são esperados resultados em linha com o ano passado, sem crescimento, e um substancial crescimento dos financiamentos imobiliários que tem o objetivo de fidelizar o mutuário”, afirmou Marco Geovanne.

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