quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Ética, caminho do bem


“A ética é o estágio mais avançado da consciência humana, é uma opção pelo bem e única alternativa de que dispomos para melhorar a sociedade”. Essa frase sintetiza a palestra proferida pelo professor Lélio Lauretti para quase uma centena de associados da Apimec-MG e convidados, dia 17 de fevereiro passado, dentro da programação organizada pela associação para 2009.
Segundo Lauretti, a ética muitas vezes é confundida com noções de erudição, filantropia ou sucesso, mas se aproxima muito mais de valores como sabedoria, solidariedade e felicidade, que contribuem verdadeiramente para que o ser humano possa viver melhor, “pois as pessoas felizes não invejam, não mentem, não agridem, não roubam, amam, são amadas e têm mais competência simplesmente porque fazem melhor as coisas”.
Para ele, muitos acreditam que ao cumprirem leis, normas e regulamentos estão sendo éticas, enquanto que, ao fazerem isso, estão nada mais que cumprindo obrigações morais básicas da civilização, sem as quais a vida em sociedade seria impossível. Exemplificou dizendo que a afirmativa “ama o próximo como a ti mesmo” é mais ética do que a idéia de que “não se deve fazer aos outros o que não quer que te façam”.
A opção para o bem, além do que é obrigatório, com boa vontade, consciência e responsabilidade social é o que faz a diferença e torna as organizações mais transparentes, equânimes e sustentáveis, de acordo com as idéias de Lauretti. Ao adotar esses valores espontaneamente, de forma duradoura, elas exercem positivamente maior impacto junto à sociedade, além de criar mais valor para os sócios, gerar e qualificar empregos, usar racionalmente os recursos naturais e criar formas mais eficientes para o trabalho humano, afirmou.
“Os líderes de organizações éticas são mais que investidores, são cidadãos que enxergam no longo prazo, estimulam a competência, a criatividade, o companheirismo e a solidariedade, subordinando seus interesses aos interesses maiores da sociedade. Eles fazem com que a racionalidade e o bom senso voltem a dominar a atividade econômica e, com isso, contribuem para o bom desempenho das empresas e o desenvolvimento da sociedade como um todo”, concluiu o professor Lauretti.

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