domingo, 24 de agosto de 2008

Repercussão Eletropaulo e AES Tietê


Na reunião da Apimec-MG, a Eletropaulo destacou que aos analistas e investidores mineiros a proposta de pagamento de R$ 359,5 milhões em proventos, que equivalem a 103,5% do lucro líquido do 1S08. Ressaltou ainda a elevação do rating em escala doméstica pelo S&P de A para A+ e reafirmação do rating em escala internacional em BB-.

Ao explicar o resultado do segundo trimestre do ano, os diretores da Eletropaulo frisaram que o consumo dos clientes cativos na área de concessão da Eletropaulo apresentou crescimento de 2% atingindo 8.351,3 GWh, que contribuiu para a geração de uma receita líquida de R$ 1.844,6 milhões, 1,6% superior à receita do 2T07.

Já a redução de 4,3% da receita bruta (R$128,1 milhões) no 2T08 em comparação com o mesmo período do ano passado é explicada pela diminuição da receita com fornecimento de energia elétrica (R$160,1 milhões), justificada pela aplicação do índice médio de -8,43% da Revisão Tarifária, desde 04 de julho de 2007.

A queda de 34,2% na comparação com o 2T07 reflete, além da revisão tarifária negativa, dois impactos não recorrentes foram mencionados: a mudança no regime de tributação nos contratos com a AES Tietê (impacto no EBTIDA de R$168,7 milhões no 2T07, incluindo o contrato inicial e o bilateral) e a reavaliação dos depósitos judiciais da companhia, que surtiram impacto positivo de R$67,9 milhões no 2T07.

A companhia lucrou R$197 milhões no trimestre, acrescido de 30,9% quando comparado aos R$150,5 milhões do 1T08. Esse aumento é, sobretudo, conseqüência do incremento de 4,8% na receita líquida, ao passo que o aumento nas despesas operacionais foi de 3,1% quando comparado com o mesmo período; e redução de R$26,3 milhões nas despesas financeiras.

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Quanto à AES Tietê, uma das mais eficientes geradoras de energia elétrica do Brasil, coube destacar a distribuição de dividendos correspondentes a 100% do lucro líquido do 1S08, reforçando a pratica de remuneração aos acionistas aplicada pela companhia desde 2006.

A receita líquida registrada no 2T08 totalizou R$ 378,3 milhões, estável em relação aos R$ 380,7 milhões no mesmo período do ano anterior. As reclassificações oriundas da mudança do regime de tributação de PIS/COFINS registradas no 2T07 resultaram num impacto positivo de R$ 28,5 milhões na receita liquida daquele trimestre. Desconsiderando este efeito, a receita líquida do 2T07 teria sido de R$ 352,2 milhões, 7,4% inferior à receita do 2T08, variação esta que, por sua vez, é explicada principalmente pelo maior volume de energia gerada no 2T08, 3.879,1 GWh ante 2.998,4 GWh no 2T07. Em relação ao 1T08, a receita líquida apresentou redução de 4,6%, devido principalmente menor preço médio praticado na CCEE no 2T08.

A AES Tietê registrou EBITDA de R$ 288,9 milhões no 2T08, com margem de 76,4%, representando um incremento de R$ 56,3 milhões ou 24,2% com relação ao Ebitda do período equivalente de 2007. O melhor desempenho é explicado, fundamentalmente, pela combinação de dois fatores ocorridos no 2T07: a despesa extraordinária de R$ 92,5 milhões referente ao pagamento de TUSDg, de acordo com a Resolução Homologatória ANEEL nº 497; e o efeito positivo de R$ 43,7 milhões provenientes da contabilização da mudança de alíquota do PIS/Cofins.

O lucro líquido apresentado pela AES Tietê no 2T08 foi de R$ 134,1 milhões resultado 5,6% e 22,4% inferior ao obtido no 2T07 e no 1T08, respectivamente. A redução do lucro líquido é explicada, principalmente, pelo aumento das despesas financeiras, que por sua vez decorrem da elevação no IGP-M entre os períodos analisados. É importante ressaltar que a partir do 3T08, este impacto deve ser minimizado pelo maior preço de energia vendida através do contrato bilatera.

Ao final das apresentações, o presidente da Apimec-MG disse que “em momentos de queda na bolsa e mercados incertos, devemos considerar empresas maduras, com boas estruturas e que pagam boa quantia de dividendos, como é o caso da AES Tietê e Eletropaulo”.

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