domingo, 24 de agosto de 2008

Repercussão Cemig


O diretor de Finanças e Relações com Investidores da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Fernando Rolla, fez questão de frisar aos investidores mineiros que “o portfólio de negócios assegura agregação de valor”. Segundo ele, nem mesmo a revisão tarifária, que reduziu o custo da energia para o consumidor em uma média de 12%, impactou a receita da empresa. No segundo trimestre de 2008, a Cemig registrou lucro líquido de R$ 599 milhões, um crescimento de 16% em relação ao mesmo período do ano passado.

Ele explicou que a estabilidade no fluxo de caixa é proporcionada sobretudo pelas “negociações bilaterais”, que levaram a companhia a contratar geração diante do esgotamento da capacidade da Cemig. “Até mesmo os novos projetos estão com capacidade vendida”, afirmou Rolla. Para exemplificar, ele citou a venda de 6701 MWmédios, com vencimento em 2008, para o Grupo Votorantim, por R$ 10,5 bilhões - o maior contrato de fornecimento de energia elétrica do país.

O executivo comentou a revisão do plano de investimentos para 2008 em mais cerca de R$ 500 milhões, totalizando R$ 2,139 bilhões. Um dos projetos de destaque é a construção da UHE Santo Antônio, cujo retorno foi bastante polêmico no mercado. Rolla garantiu que as premissas são “positivas, viáveis e executáveis”. Uma prova, de acordo com ele, é a obtenção da licença da Aneel e o início imediato das obras. “A usina vai operar com oito meses de antecedência, em maio de 2009, garantindo receita adicional e justificando o retorno”, ressaltou.

O diretor destacou ainda que a Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig), controlada pela Cemig, deverá se tornar player do mercado em seu segmento, dobrando o volume de vendas e a receita até 2010, com os investimentos previstos. A estatal vai aplicar R$ 730 milhões, nos próximos 2 anos, na expansão em quase 500 km de gasodutos.

Rolla, respondendo a perguntas de investidores, explicou que a Cemig já recuperou o investimento de R$ 174 milhões aplicados na Light, distribuidora de energia no Rio de Janeiro. “O resultado é extremamente positivo”, disse. No entanto, admitiu que não conseguiu reduzir significativamente as perdas de energia que acontece no estado. “Tivemos que reeducar os funcionários para ele trabalhar em benefício da empresa. Porém, os consumidores também precisam ter nova mentalidade”, ponderou.

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