segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Repercussão Vale


O diretor de Finanças e Relações com Investidores da Vale, Fábio Barbosa, destacou em reunião com a Apimec-MG, a “excelente performance em meio a múltiplos desafios” no segundo trimestre de 2008. Detalhou alguns recordes, como o de vendas de minério de ferro e pelotas (78,9 milhões de toneladas), receita (US$ 10,9 bilhões), lucro líquido (US$ 5 bilhões) e Ebitda (US$ 6,2 bilhões).

Um dos motivos do resultado positivo, segundo Barbosa, é o descolamento das economias emergentes da crise que afeta hoje os países desenvolvidos. Durante toda a apresentação de resultados e estratégias, ele fez questão de frisar que “tirando a espuma se vê o que realmente está acontecendo”. Uma curiosidade sobre minério de ferro: enquanto o comércio transoceânico da China cresceu 95% entre 2000 e 2007, o do resto do mundo avançou tímidos 5%.

Barbosa acredita que o mercado emergente garantirá a expansão do consumo global de minérios. Inclusive, de acordo com ele, a Vale revisará as metas de produção para cima. Detalhou que na revisão dos projetos, o minério de ferro ainda é foco, mas que o conglomerado também dará atenção para outros produtos, como cobre, carvão e fertilizantes, além da consolidação dos empreendimentos siderúrgicos. “Vamos crescer de forma mais diversificada e mais ambiciosa”, afirmou. Disse ainda que concentrará essa expansão em crescimento orgânico. “Novas aquisições são possíveis, mas não são prováveis”, frisou a palavra do presidente Roger Agnelli.

O executivo avalia que as mudanças estruturais associadas ao desenvolvimento econômico de longo prazo continuarão a estimular o crescimento da demanda de minerais e metais. Entre elas, a construção de infra-estrutura, industrialização e urbanização. “Os investimento em infra-estrutura em países emergentes devem chegar a US$ 5 trilhões nos próximos 10 anos”, exemplificou. Barbosa citou ainda a expansão do crédito e a resposta ao aumento da escassez de energia, em que implica maior consumo de metais.

Entre os desafios do lado da oferta, o diretor enumerou as barreiras institucionais (nacionalização de recursos naturais e licenças ambientais); queda na qualidade dos depósitos minerais e maior escassez de água; gargalos de logística e escassez de energia e mão-de-obra qualificada; custo de investimento mais elevado, além de desafios tecnológicos.

Ao final da apresentação, o presidente da Apimec-MG, Paulo Ângelo de Souza, conferiu o “Selo Assiduidade” pela marca de quatro anos de apresentações da Vale pela entidade.

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