domingo, 7 de setembro de 2008

Repercussão Camargo Corrêa


Em uma completa apresentação sobre o desempenho da empresa e estratégias de negócios, o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliários, Paulo Mazzali, revelou a investidores mineiros os projetos e estratégias de crescimento da companhia. Entre eles, XXX destacou o Projeto Caieiras, Paulista e Viol.

O Projeto Caieiras fica da cidade paulista de mesmo nome. Caieiras tem a menor densidade demográfica da região metropolitana de São Paulo, em um raio de 30 km. Em um terreno de mais de 5 mil metros quadrados está previsto a construção de um residencial e comercial de 20 mil unidades no segmento econômico (entre R$ 70 mil e R$ 200 mil). O projeto foi desenhado a partir de modelos internacionais, uma vez que praticamente ergue-se uma cidade em uma ampla área de mata fechada.

Outro projeto é a construção do maior prédio da avenida Paulista, que contará com shopping e edifício comercial AAA. O terreno é de 12.500 metros quadrados e potencial de construção de aproximadamente 50.000 metros quadrados. “O VGV é muito conservador. É de R$ 450 milhões”, afirmou Mazzali.

O terceiro projeto prioritário da Camargo Corrêa é o Viol. Em um terreno de cerca de 40 mil metros quadrados na Vila Olímpia, com potencial de construção de 132 mil metros quadrados, a companhia vai erguer um edifício comercial, com design diferenciado, onde o metro quadrado poderá custar entre R$ 13 mil e R$ 17 mil. Mazzali revelou que a Camargo Corrêa já está sendo procurado por interessados em locação. Ele destacou ainda que a localização permitirá uma valorização veloz do empreendimento, sobretudo com o anúncio da construção de um shopping na mesma região.

No primeiro semestre deste ano, a Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário registrou receita líquida de R$ 339,8 milhões, lucro bruto de R$ 129,5 milhões e margem bruta de R$ 38,31%. O lucro líquido de R$ 76,3 milhões no semestre, ressaltou Mazzali, é bem superior à performance de todo o ano de 2007. A margem líquida é de R$ 34,3%. O diretor Financeiro e RI frisou ainda que o caixa de R$ 202 milhões é muito confortável e gerenciável. Disse também que o único ponto negro é o preço da ação. “Nosso maior problema hoje é a liquidez, embora menos da metade dos acionistas sejam estrangeiros”, ponderou.

“Temos planejamento estruturado. Não somos iguais às outras que usaram todo o recurso do IPO para comprar novos terrenos”, alfinetou Mazzali. A afirmação, que se deu no dia em que a Gafisa comprou 60% da Tenda, gerou polêmica. “Um analista disse que o preço da ação era R$ 27, poucos dias depois outro fala que é R$ 25. Daí ação baixa e Gafisa compra”, criticou.

No encerramento o presidente da Apimec-MG, Paulo Ângelo Carvalho de Souza, disse que de um lado as empresas precisam ser mais transparentes e que de outros os analistas têm que entender melhor o mercado. “Assim como qualquer área, existem analistas e analistas. Pode até haver distorção no curto prazo, mas o mercado é soberano”, afirmou.

Ao final da apresentação, o presidente da Apimec-MG conferiu à Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário o “Selo Assiduidade” pela primeira reunião com investidores mineiros.

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